Hemerson Pinto

Chiquinho França concordou com outros artistas que disseram que Neném ‘foi embora’ cedo. Zeca Tocantins chorou a morte do amigo e até o ‘Vei Teixeira’, sempre alegre, entristeceu-se no cemitério. O enterro do cantor Raimundo Nunes da Luz Ferreira, 55 anos, o Neném Bragança, foi marcado por discursos emocionantes dos amigos e ‘irmãos’ de batalha na vida artística.
O cortejo até o cemitério no bairro Santa Inês foi acompanhado por um carro de som que tocava músicas do cantor Neném Bragança. Sob chuva fina, dezenas de pessoas que acompanharam o corpo até o cemitério Campo da Saudade cantaram ‘Ave de arribação’, letra do poeta Ravier di Mar-y-abá, que também compareceu ao enterro.
Frases como ‘voa ave de arribação’ e ‘teu coração não perdeu a luz’ foram usadas em depoimentos de quem conheceu o artista pessoalmente e compartilhou com ele dos bons momentos da carreira e das últimas horas de vida. Quem preferiu conformar-se dizia entender a morte do artista como um chamado: “Pois Deus precisa de homem cantor lá em cima”, gritou um dos presentes.