Hemerson Pinto
Fora do período natalino, a presença de vendedores ambulantes já é comum no centro de Imperatriz. Lanches, cintos, carteiras, bolsas, confecções, entre outras dezenas de artigos, são encontrados facilmente nas principais ruas e avenidas do centro comercial, principalmente aos arredores do Calçadão.
Desde o início do funcionamento do horário especial do comércio, por conta do período natalino, o número de vendedores ambulantes tem aumentado, segundo informações de autônomos que há anos trabalham no setor. Pensado em melhorar as vendas e consequentemente faturar mais, a alternativa é ficar até mais tarde.
Vendedor de batata frita há quatro anos na Rua Simplício Moreira, em frente à Praça de Fátima, Edilson da Conceição costuma trabalhar até as 17h durante todo o ano, e não vai aos sábados. Agora, ele estica o horário até as 19h e monta a barraca no sábado para ficar até o horário de fechamento das lojas do Calçadão. Se normalmente vende em média 250 copos de batatas fritas por dia, nesse período, pelos menos 100 copos a mais devem ser vendidos.
A presença de outros vendedores do mesmo ramo, que surgiram com a chegada do período de aquecimento das vendas no final do ano não intimida o ambulante. “Eu tenho meus clientes já de muitos anos. Todos compram comigo e tem mais gente me procurando”, afirma. Na opinião de Edilson, o ramo informal que tem aumentado nos últimos dias no Calçadão “foi o de vendedores de CD e DVD”.
Odair José de Sousa é vendedor de lanches há 14 anos no centro comercial de Imperatriz. Não está preocupado com a concorrência, que segundo ele aumentou em quase 50% nos últimos dias. “Minha preocupação é com as pessoas que vêm ao Calçadão fazer compras, pois tem muitos vendedores de vários produtos ocupando o Calçadão. Se continuar chegando gente pra vender, vai ficar difícil os clientes caminharem aqui”, declara, chamando atenção para algumas barracas armadas que, segundo ele, “são extensões de lojas”.
Oferecendo meias, peças íntimas, calças, camisas, Adriano Costa faz do próprio veículo expositor dos produtos que comercializa há dois anos no mesmo local. Pensando em lucrar mais, aumentou a variedade e as horas trabalhadas. “Ficava até 13h, agora estou ficando até 18h”. São cinco horas para vender mais, porém: “Ainda tá fraco o comércio. Acredito que vai começar a melhorar a partir desta segunda-feira”.
Na manhã do último sábado, Adriano presenciou uma cena, segundo ele, comum para o período nas imediações do Calçadão: pessoas brigando por causa de lugar para instalar a barraca. “Tem gente que vende há anos no mesmo lugar. Quando chega pra trabalhar hoje, outra pessoa chegou mais cedo e montou a barraca. Gera atrito, mas todos precisam trabalhar”, comenta.
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