O diretor-conselheiro da Fundação Rio Tocantins - Memorial do Pescador, ambientalista Domingos Cezar, realiza, no período de 8 a 14 de julho, sua 7ª Expedição pelos rios Tocantins e Araguaia, com chegada prevista para o dia 10, na cidade de Marabá (PA), e dia 14 o retorno para Imperatriz.
Com a missão de conhecer de perto os pontos críticos causados pelas constantes derrubadas das matas ciliares, bem como levar uma mensagem de conscientização de se preservar a mata ciliar dos rios, riachos, lagos, lagoas, ele já foi em expedições anteriores, para Carolina, Araguatins (TO), Marabá (PA) e Itupiranga (PA).
As seis últimas expedições feitas pelo ambientalista resultaram no livro "Expedições pelos rios Tocantins e Araguaia", publicado pela Ética Editora. Domingos Cezar, além de seu trabalho voltado para as questões ambientais, é também ativista cultural, jornalista, escritor, membro da Academia Imperatrizense de Letras - AIL.
O ambientalista apresentou e aprovou na 3ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, realizada em Brasília (DF), seu projeto de tornar a área que ele denomina de "região lacustre do rio Tocantins", compreendida entre os municípios de Cidelândia, Vila Nova dos Martírios e São Pedro D'Água Branca, em uma Unidade de Conservação.
Para ele, que conhece desde criança esta região de lagos, é a única saída para se proteger os lagos, que são os locais de desova dos peixes. "Como os próprios pescadores denunciam, o rio Tocantins e seus afluentes não possuem mais a grande quantidade de peixes de espécies variadas como existia alguns anos atrás".
De acordo com o ambientalista, isso se deve a derrubada da mata ciliar das margens dos rios, dos lagos e restingas, locais em que os peixes se embrenham no período da piracema para desovarem. "Com isso, o rio perdeu sua profundidade, razão porque existem locais que não mais permitem a navegação", conclui Domingos Cezar. (Assessoria/FRT)
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