Hemerson Pinto
O projeto acontece pelo terceiro ano consecutivo e tem o objetivo de despertar o interesse pelas discussões relacionadas à discriminação racial. O evento promovido pelo Centro de Cultura Negra Negro Cosme levou alunos durante todo o dia de ontem à Praça da Cultua, centro de Imperatriz. O espaço foi decorado com exposições de trabalhos relacionados ao tema e bancas de leituras.
“Um dia especial para a gente parar um pouco e refletir sobre a discriminação, o racismo. Uma problemática presente em todo o mundo. Nós, aqui no Brasil, temos que debater e encontrar soluções”, diz a estudante Mariana Lima, de uma das escolas que visitaram a Praça da Cultura no dia 21 de março, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) depois de um massacre ocorrido em 1960, onde negros foram mortos durante um protesto a favor do passe livre. “Existiam bairros de brancos e de negros. Os negros tinham que portar uma identidade com os nomes dos bairros por onde deveriam circular. Isso separava a população. Houve um massacre nessa data, em 1960. Depois a ONU instituiu o dia”, explica a presidente do Centro de Cultura Negra Negro Cosme, Doralice Mota.
Segundo Doralice, existe uma lei que determina o ensino de história e cultura afro brasileira e africana. “Na Unidade Regional de Educação, temos a Coordenação de Educação da Igualdade Racial de Imperatriz, que junto ao Centro de Cultua é convidada a realizar palestras em escolas, formação de professores, um trabalho que dá resultados positivos”, diz.
Giselda Costa é militante do movimento pelo fim do racismo e defende que “a educação é o caminho para essas mudanças”, comenta a integrante da Coordenação de Educação da Igualdade Racial. A 3ª edição do projeto Leitura na Praça foi encerrada por volta das 17h de ontem.
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