Um grupo de cinco pesquisadores, alunos do Mestrado em Doenças Tropicais, que está sendo ministrado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) para os professores da Faculdade de Imperatriz (FACIMP) deverá iniciar nos próximos dias, com a comunidade do bairro Beira-Rio, as pesquisas para elaboração da dissertação final do curso.
Como parte do trabalho de conscientização, um café da manhã foi oferecido aos moradores do bairro, na manhã do dia 30 de março, para que os pesquisadores pudessem explicar o objetivo de cada pesquisa e conscientizá-los da importância para a melhoria de vida da população.
O Mestrado está sendo realizado em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e teve início em junho de 2010, com término previsto para junho de 2012. Ao todo são vinte e cinco alunos, professores da área da saúde da FACIMP.
Pesquisas na comunidade servirão para fazer um diagnóstico sobre várias doenças que acometem aquela região. O professor Edem Oliveira Milhomem Filho, por exemplo, fará uma avaliação dos níveis de mercúrio entre os moradores do distrito Beira-Rio. Já a professora Haigle Reckziegel de Sousa estudará sobre “os aspectos epidemiológicos e a corporeidade das mulheres ribeirinhas de Imperatriz, infectadas por Papilomavírus Humano no período de janeiro a junho de 2012”.
Também farão pesquisas naquela região as professoras Marluce Sampaio Nobre (Infecção por Helicobacter pylori e a transmissão intradomiciliar em crianças residentes nas margens do rio Tocantins no município de Imperatriz); a professora Renata de Cássia Coelho (Prevalência e aspectos epidemiológicos das enteroparasitoses e sua relação com o estado nutricional em crianças residentes no bairro Beira-Rio); e a professora Márcia Caroline Nascimento Sá (Prevalência de candidíase em mulheres residentes às margens do rio Tocantins submetidas à colpocitologia).
A presidente da Associação de Moradores do Bairro Beira Rio, Marleide dos Santos, avaliou a importância da pesquisa para a população. “O nosso bairro, por ser de pessoas humildes, é muito esquecido pelo poder público. Só assim, com a presença da equipe de pesquisadores, as autoridades tomam conhecimento e talvez adotem as providências necessárias para a melhoria da qualidade de vida dessa população”, opinou.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14369
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