Proporcionar um espaço em que os alunos coloquem em prática os conhecimentos adquiridos nas aulas da disciplina de Técnicas de Reportagem foi o que levou a professora do curso de Jornalismo da UFMA, Campus de Imperatriz, Roseane Pinheiro, a organizar entrevistas coletivas com representantes da sociedade civil, nos dias 22 e 29 de julho.
O objetivo, segundo a professora, é ensinar os alunos a vivenciarem na prática como funciona uma coletiva de imprensa. "É uma boa oportunidade para eles praticarem o que aprenderam em sala e até mesmo de se prepararem para o mercado, organizando a coletiva e tendo a oportunidade de entrevistar essas fontes", afirma.
Com temas previamente escolhidos em sala, os alunos foram divididos em quatro grupos. Cada grupo ficou responsável pela organização de uma coletiva de imprensa, tendo que levar um convidado para falar sobre um tema atual e relevante da cidade de Imperatriz durante 15 minutos. Em seguida, os alunos iniciaram uma série de perguntas ao entrevistado.
No primeiro dia de atividade, 22 deste mês, os alunos levaram o juiz Márlon Reis, um dos fundadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), para abordar questões referentes à corrupção e à lei da ficha limpa. Na sequência, o convidado foi o promotor do consumidor, Sandro Bíscaro, que falou sobre o funcionamento do Serviço de Atendimento e Defesa do Consumidor (Procon) em Imperatriz.
No segundo dia, 29, o grupo de número três convidou o economista Antônio Ladeia, que falou sobre o tema "Transporte público e a sua responsabilidade econômica no desenvolvimento de Imperatriz". Na ocasião, ele destacou a atual situação do transporte público da cidade e as consequências na economia devido à precariedade no fornecimento.
Encerrando o projeto, o último convidado foi o delegado da 10ª Delegacia Regional de Imperatriz, Assis Ramos, que discutiu sobre o tema "Segurança Pública em Imperatriz". De acordo com o delegado, o principal problema da região é a criminalidade decorrente do uso de drogas. "Parte dos homicídios e roubos que acontecem na cidade e municípios próximos é decorrente das drogas, que são fáceis e baratas de conseguir. Muitos postos e boates funcionam como pontos estratégicos para obtenção dos narcóticos, especialmente crack, o mais usado", afirmou.
É a terceira turma que realiza o projeto de coletivas de imprensa e, de acordo com a professora Roseane Pinheiro, o resultado tem sido satisfatório. "Os alunos têm se empenhado bastante para realizar um bom trabalho, pois buscam saber mais sobre o assunto que o entrevistado vai falar e adotam uma nova postura depois que lidam com essa experiência", destacou. (Ascom UFMA)