Não apenas os clientes, mas toda a população está afetada pela greve desencadeada pelos bancários de todo o país. Se em Imperatriz visíveis se tornaram as filas nas calçadas vizinhas às casas lotéricas, pela ausência de dinheiro nos caixas eletrônicos, nas cidades do interior a romaria é outra, com usuários se deslocando aos municípios onde existem lotérica.
No final de semana, clientes chegaram a quebrar uma das portas de acesso à agência Bernardo Sayão, do Banco do Brasil, onde somente um caixa funcionava. Nas outras, o quadro não era diferente, se o caixa funcionava, não tinha dinheiro. Chegando a faltar, inclusive, folhas de cheques, o que significava para o corretista uma opção real à falta de dinheiro. Essa situação – da ausência de papel – tem ainda uma outra implicância, que significa a ausência de comprovantes das operações efetuadas (pagamento, por exemplo), o que leva o cliente a não efetuar o pagamento.
Um cliente denunciou que os bancários estão desrespeitando, inclusive, uma norma do Banco do Central no que se refere ao encerramento da movimentação para depósito no mesmo dia. Enquanto o horário normal se encerra às 16 horas, neste período de greve, estão encerrando entre 15 e 15:30 horas. - Mais que desrespeito, uma forma de privar o cliente dos serviços do banco, prejudicando na movimentação da conta e no cumprimento de seus pagamentos, concluiu.
Uma reclamação geral com relação à greve e aos procedimentos denunciados acima é que grande parte dos pequenos comércios, o chamado comércio de ponta de rua ou de bairros, não possui ‘maquininhas’ de débito, devido aos altos custos cobrados pelas administradoras de cartões, em torno de quatro por cento por operação.
Durante o dia de ontem, comerciantes afirmaram que esta tem sido uma das piores semanas se comparada com anos anteriores. - Se as vendas não melhorarem até sexta-feira, teremos uma semana negra, é a voz corrente entre lojistas. (Illya Nathasje)