Domingos Cezar
A Academia Imperatrizense de Letras – AIL, hoje presidida por uma mulher, a professora e escritora Edna Ventura, promoveu na última quinta-feira (8) uma palestra proferida pela juíza de Direito, Ana Paula Silva Araújo, em homenagem à mulher pela passagem de seu dia. Os homens, que são maioria na Casa, também compareceram para prestigiar a ilustre convidada, bem como as confreiras.
Ana Paula disse, inicialmente, da satisfação de ver entre os quadros alguns rostos de mulheres. A Academia Imperatrizense de Letras tem entre seus 40 membros 7 mulheres. A palestrante, à luz da Bíblia e da história, fez uma retrospectiva da mulher na antiga civilização, observando que os hebreus eram responsáveis em colocar a mulher em um âmbito bem inferior ao homem.
Para a juíza, o responsável pela quebra desse paradigma foi o próprio Jesus Cristo, quando disse que de uma mulher saíram virtudes quando tocou em suas vestes, “deixando o discípulo Pedro completamente atônito”. A palestrante lembrou o episódio do Poço de Jacó, quando Jesus se encontrou com a mulher samaritana, e também o encontro com Madalena. “Ele foi o primeiro defensor da mulher na história”, observou.
De acordo com Ana Paula, a mulher foi discriminada ainda na Idade Média, lembrando que somente no século passado, na década de 30, foi que ela conquistou o direito do voto. Ela lembrou a manifestação das mulheres trabalhadoras de uma fábrica, em Nova York, que se originou no Dia Internacional da Mulher, “mas que a ONU (Organização das Nações Unidas) só veio reconhecer em 1975, muitos anos depois”, lamentou.
Para a magistrada, muito embora tenha havido esses avanços, a mulher continua sendo discriminada. “Prova disso é a violência doméstica que campeia nos dias de hoje”, disse Ana Paula, citando grandes nomes da história, “os quais foram gerados do útero de uma mulher”, afirmou a palestrante, citando como exemplo o próprio Jesus Cristo. Ela encerrou a palestra declamando um poema de Victor Hugo, no qual exalta as virtudes das mulheres.
Comentários