Apesar das campanhas e do trabalho que está sendo desenvolvido pelo Governo Federal e pela coordenação de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde, o índice de pessoas portadoras do vírus HIV continua crescendo em Imperatriz. A informação foi dada ontem pela coordenadora Venusia Milhomem, após estudos feitos nos últimos anos. De acordo com os dados levantados, de 1985 a 2011, são 658 casos comprovados da doença.
Venusia Milhomem detalha ainda que como a doença fica, em alguns casos, incubada por 10 anos e o registro segue apenas as pessoas acometidas pela doença e não que foram positivadas. O que pode elevar ainda mais este número. No Maranhão, neste mesmo período foram registrados 1.102 portadores da Aids. São Luís ocupa o primeiro lugar, seguido de Imperatriz.
Outro dado apontado no relatório é que dos 1994 testes realizados no ano passado, 69 pessoas foram notificadas como portadoras. Este ano já foram realizados 555 testes, dos quais 20 são soro positivo, confirmando o aumento do registro de portadores do vírus, isto porque, em apenas seis meses foram registrado 14% a mais do que o ano passado inteiro.
“Olha, preocupa a todos o final de cada ano em que constatamos que o percentual de pessoas com o vírus cresce em Imperatriz, apesar dos esforços feitos no sentido de que sejam reduzidos”. Disse a coordenadora. Outra preocupação, é que hoje não existem mais grupos de riscos como em décadas anteriores.
“Para se ter uma ideia, hoje a faixa etária está entre 18 e 35 anos, na chamada idade da virilidade. O que demonstra que não existe mais classe social, financeira ou heterossexuais ou homosexuais, o que deve por em alertas a todos”.
Outra preocupação é que com o advento de medicamentos destinados a retomada da sexualidade na melhor idade, o número de pessoas idosas com o vírus vem crescendo em todo o país. Hoje os testes são feitos rapidamente e a coordenadora destaca que o aumento das notificações, decorre em parte pelo fato de que as gestantes estão fazendo os testes na gravidez, isto em Imperatriz, contudo, ela lamenta o fato de que em muitas cidades vizinhas não há estes testes e as gestantes não tem conhecimento ou condições de virem a Impeatriz no pré natal.
Venusia Milhomem finaliza afirmando que estar “à disposição das empresas para realizar palestras sobre a doenças junto aos empregados, isto porque, consideramos uma alternartiva de chegar ao maior número de pessoas, assim como estamos fazendo nas escolas”, concluiu. (William Marinho)