Locais disponíveis para estacionamento não atendem a necessidade dos usuários
Placa na área antes permitida ao usuário. Agora, disponibilizada para uma locadora de veículos
Área interditada por erosões diminui quantidade de vagas no estacionamento
Usuários do Aeroporto Prefeito Renato Moreira reclamam da falta de vagas para estacionar. Esse problema é agravado pela distância a percorrer. Se agora é sob o sol, quando o inverno chegar será debaixo de chuva. A reportagem esteve no local na manhã de quinta-feira (24) durante a chegada do voo LA3552 procedente de Brasília. A situação é preocupante e por falta de vagas, beira a desordem, com motoristas parando carros de qualquer jeito em frente a entrada do saguão do terminal de passageiros. E faltam vagas, por que? 
Não faz muito tempo, ainda que de forma precária, passageiros e outros usuários que para ali se dirigiam tinham mais espaço. Eram três as áreas destinadas a estacionamento. Uma a direita e outra a esquerda, na chegada e mais à frente, a direita margeando o retorno. Exceto a primeira que tem ares de estacionamento, as outras, de acesso e estrutura deficiente, deixavam a desejar. Nessas duas últimas, o acesso agora é proibido.        
Prestes a ser privatizada, a Infraero anda contra o tempo buscando valorizar suas áreas e conseguir preços mais rentáveis nos leilões realizados, afirmam especialistas em economia. Em Imperatriz, por exemplo, ela promoveu no primeiro semestre deste ano, a inauguração das obras de revitalização da pista (que já há algum tempo estavam prontas) em ação classificada como tentativa de dar visibilidade a possíveis interessados. Na semana que passou, por exemplo, foi a vez do próprio presidente da República Jair Bolsonaro, vir a público dizer que o aeroporto local e o de São Luís, dentre outros, estão prontos para a privatização.       
A falta de vagas para estacionar foi agravada agora, com a cessão da área situada a esquerda do aeroporto para quem chega. O local antes liberado para usuários, está cedido agora para uma locadora e somente a esta, a utilização é permitida. Quem se dirige ao local, que está fechado encontra em suas entradas, uma placa oficial com os seguintes dizeres: Prezados usuários/passageiros, esta área foi concedida para outros fins. A placa, orienta, ainda, "que os veículos sejam alocados nas outras áreas destinadas para estacionamento". Outras áreas, quais? 
Por outras áreas, entenda-se o estacionamento situado a direita de quem chega, onde de forma gratuita existe tolerância de 3 horas para a permanência. Há problemas ali. O primeiro deles, é que passageiros que se deslocam de outras cidades para embarque no aeroporto local, deixam seus carros ali por dias, até que retornem de viagem. É possível observar a enorme quantidade de veículos com placas de cidades vizinhas e até de outros estados. 
Não há fiscalização. O número de funcionários da Infraero em Imperatriz está menor. mais de dez já deixaram o quadro funcional. Sem movimentação nesse horário, o aeroporto fica fechado das 18 horas até meia noite. Por consequência, há ocorrências de furtos de veículos. 
Recentemente um proprietário teve a desagradável surpresa de encontrar seu veículo sem os pneus. No lugar deles, bloquetes davam sustentação ao carro. Também há vários relatos de depenamento. 
Segundo uma fonte, no passado já houve casos de casais que utilizaram esse estacionamento para encontros românticos, ou vai lá, amorosos, sexuais mesmos. Essa área apesar de estar na abrangência de domínio do aeroporto, durante algum tempo ficou esquecida, como "terra de ninguém". Não se sabe de casos assim, no presente, desde que a Infraero assumiu colocando ali uma placa de Estacionamento Rotativo Gratuito.
A reclamação dos usuários é que este espaço apesar de grande é insuficiente e se torna agravado, por um outro problema, praticamente um terço dele está isolado, em função de erosões que impedem, por prudência, a circulação de veículos (já houve um caso de carro "engolido" por um buraco onde a terra e o calçamento cederam).  Além de tudo, usuários têm que percorrer uma considerável distância sob o sol causticante. E quando o inverno chegar? Aí, não restam dúvidas, será debaixo de chuva.
 
Medidas paliativas
A reportagem percebeu que na área frontal ao terminal algumas medidas foram tomadas proporcionando um paliativo na ausência de uma solução. Placas que antes asseguravam locais para autoridades que não se faziam presentes de forma fixa, foram trocadas por vagas para idosos e portadores de dificuldades, nem sempre respeitadas. Ontem por exemplo, enquanto a reportagem esteve no local, nenhum veículo ali estacionado exibia o adesivo obrigatório que permite a utilização do espaço. E o problema do deslocamento sob o sol ou chuva persiste.
Nas proximidades, há vagas rotativas para cerca de dez veículos, cuja parada é permitida por 30 minutos. O pouco espaço fez um usuário observar que em contrapartida, o local para os taxistas é muito grande para a pouca quantidade de veículos credenciados. Cerca de dezesseis. Segundo ele, a área coberta designada aos táxis, deveria ser disponibilizada para servir a idosos e outros passageiros com dificuldades de locomoção.