Raimundo Primeiro
Não só o meio em que militava, contando os bastidores, na condição de cronista social, mas Imperatriz amanheceu triste domingo, 5 de agosto de 2017.
Na data, partiu Jonas Ribeiro, o principal colunista social da mais próspera cidade do Maranhão, Imperatriz, a Majestade do Tocantins.
Durante três décadas, Joninhas, como ele era mais conhecido, principalmente entre familiares e amigos, narrou os bastidores dos acontecimentos sociais de Imperatriz e região.
Foi, aliás, pioneiro, criando estilo único, inclusive na forma de escrever os fatos para a sua "News", coluna publicada nas páginas de O PROGRESSO.
Escrevia, com seu jeito peculiar de ser, algumas vezes, "infringindo" as orientações da Editoria. O que tinha de prevalecer era a informação. Com maestria, conseguiu, durante 30 incansáveis anos, falar de tudo e, sobretudo, Imperatriz. Notas aqui, notas acolá, o meio social vinha à baila.
Muitas vezes, os editores, na Redação, orientaram-lhe. Ultimamente, a missão ficava por conta do Coriolano Filho, o Coló, "Comodoro" dos redatores e repórteres. Ou seja, editor-chefe.
Joninhas era assim: objetivo/subjetivo, mas, principalmente, direto. Tal qual aos grandes craques do nosso futebol, atuou em diversas posições. Quero ressaltar que conseguiu "jogar" bem nas mídias impressa e eletrônica. Escreveu para jornais e revistas.
Ao mesmo tempo, Joninhas passou por emissoras de rádios e tvs. Foi uma espécie de Neymar. Só que, para nossa alegria, no âmbito do jornalismo.
Não veremos mais o sexteto do colunismo social junto. Refiro-me a Jonas Ribeiro, Maria Leônia, Teresa Eugênia, Linda Veloso, Jussara Cerqueira e Hélio de Oliveira.
Tive o prazer de tê-lo como colega de trabalho, aqui em O PROGRESSO. Comecei na época do Adalberto Franklin (já falecido).
Sorridente, algumas vezes, aconselhador, Joninhas não parava. Algumas vezes, tive a satisfação de, a seu pedido, escrever para a "News", uma das colunas sociais mais lidas na região tocantina.
Algumas vezes, quando ele esteve em São Luís, em tratamento, fui seu substituto. A assinatura, todavia, permanecia sendo dele. Jonas Ribeiro era Jonas Ribeiro, uno. Único e, sobretudo, envolvido naquilo a que se propunha desempenhar.
A exemplo dos verdadeiros colunistas sociais, entre os quais Ibrahim Sued, Joninhas, apesar de doente, não esmorecia. Sob o auxílio dos colunáveis, conseguia captar informações relevantes e, na sequência, publicá-las na sua "News", aqui no nosso O PROGRESSO.
Era preciso ficar antenado, ou plugado e, parafraseando Sued: "olho vivo, que cavalo não desce escada". Para Jonas Ribeiro, a inquietude do jornalista tinha de aflorar. Falar mais alto.
Joninhas, verdade: o "homem realmente grande é tolerante, humilde e modesto". Mesmo sendo o colunista social de um dos principais diários em circulação hoje em dia nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, você continuou simples, não deixando de ser elegante.
Não poderia ser diferente, obviamente, pois era espírita. Amadurecia-se. Gradativamente, moldava-se.
Continue, onde estiver, sendo o colunista de sempre.
Joninhas, descanse em paz!
(Texto escrito em homenagem ao colunista social Jonas Ribeiro. Há dois anos, ele partiu, deixando saudades)
Comentários