Geovana Carvalho
Em audiência realizada na tarde dessa segunda-feira no Fórum Henrique de La Rocque, a polêmica entre “taxistas-lotação” e a Secretaria de Trânsito chegou ao fim.
Após sete dias de acampamento na porta da prefeitura de Imperatriz, taxistas suspenderam a manifestação por volta do meio dia devido à audiência marcada para as 17 horas.
Na audiência estavam presentes Manoel Almeida (Bebé), presidente da associação dos “taxistas-lotação”; o prefeito Sebastião Madeira; o juiz da Vara da Fazenda Pública, Joaquim Silva Filho; o vereador Joel Costa, o ouvidor-geral do Município, Daniel Souza; o procurador-geral do Município, Gilson Ramalho; o secretário municipal de Trânsito, Cabo Jota Ribamar; o comandante do 3º Batalhão da PM, Tenente-Coronel Zanoni Porto; o presidente do Sindicato dos Taxistas de Imperatriz, João Assunção Martins, o Joca; e o advogado dos taxistas, Fábio Hernandes.
Nos corredores do Fórum taxistas esperavam o resultado da reunião.
Da audiência resultou um acordo com as seguintes proposições: motoristas e proprietários de táxi se comprometeram a exercer a atividade nos moldes do táxi tradicional, ou seja, “pegar” passageiros em pontos fixos, ao contrário do que vinha sendo praticado. A transgressão do pactuado implica em multa no valor de dez mil reais. Além disso, o veículo poderá ser apreendido e o alvará do infrator cassado.
Ainda segundo o texto do acordo, a liberação dos veículos apreendidos fica condicionada à vistoria da Setran e à regularidade da documentação do veículo e do condutor. As multas referentes aos veículos apreendidos serão anistiadas mediante a assinatura do acordo.
Manoel Almeida, presidente da associação dos “taxistas-lotação”, disse ao sair da sala de audiência: “O acordo não foi satisfatório. Será dito a todos, quem não concordar não assina, mas saberá dos riscos”.
No corredor, onde esperavam os trabalhadores, o presidente da categoria explicou os termos do acordo com o auxílio do advogado da associação, Fábio Hernandes. “Eu defendi demais vocês, mas infelizmente foi irredutível, eu fiz minha parte”, desabafou Manoel Almeida.
O taxista Bruno Frota afirmou: “Estamos sendo forçados a assinar. Se não assinar, não libera os carros”.
Após o término da reunião, vários taxistas assinaram o termo, outros continuaram relutantes. O secretário de Trânsito, Cabo Jota Ribamar, afirma que a fiscalização continuará no mesmo ritmo.
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