Doze de junho também é reconhecido como o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. E, com o objetivo de sensibilizar, mobilizar e potencializar as ações de combate ao trabalho infantil em Imperatriz e região, a Prefeitura de Imperatriz, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES) e do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), abriu na terça-feira (09) a Semana “Todos juntos contra o Trabalho Infantil”.
Iniciado pela escola da rede municipal Frei Manoel Procópio, as ações a serem desenvolvidas pela Semana de Enfrentamento visa contemplar cerca de 10 escolas das abrangências dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e dos polos do SCFV, com palestras, orientações, atendimentos dos Conselhos Tutelares, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e panfletagem nas principais ruas da cidade.
Responsável pela abertura da programação, Nayara Hanneza Aguiar, assistente social do CRAS Bacuri, explicou a abordagem utilizada na palestra. “É importante frisarmos nessas oportunidades o conceito do que é o trabalho infantil e também o que não é, como por exemplo: a criança fazer a atividade escolar e arrumar a cama não é trabalho infantil. Além do Salto Menor Aprendiz 14 anos, como participar, a forma de não comprometer os estudos. Fora isso, detalhei as formas de trabalho infantil mais corriqueiras, como de ambulante, flanelinha, exploração sexual, dentre outros”, informou a palestrante.
Segundo ela, causas culturais, onde os pais não tiveram a oportunidade de trabalhar e colocam o trabalho em primeiro lugar para os filhos, ajudam a aumentar as estatísticas de crianças trabalhando e até em situação de trabalho escravo.
“Há tempos, colocar os filhos para trabalhar era normal, trata-se de uma situação cultural. Porém, atualmente com tanta política pública voltada a essa temática, isso não é mais para acontecer. Hoje há uma rede social que atua para o fortalecimento da educação, da assistência com programas sociais com condicionalidades para a educação, proibindo o trabalho. Temos vários mecanismos que favorecem as crianças e os adolescentes de baixa renda a dedicarem-se aos estudos, pois se não derem ênfase à educação, mais na frente não terão acesso ao mercado de trabalho”, destacou.
O coordenador do SCFV e do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Odair Lima, informou que as ações serão desenvolvidas até a sexta-feira, 12, porém que podem ser prorrogadas e estendidas a outras instituições.
“Iremos seguir o cronograma, porém surgindo o interesse de outras instituições que trabalham com esse público de 9 a 17 anos, também estaremos à disposição. A intenção é informar e mobilizar todos no combate ao trabalho infantil”, frisou.
Uma das principais dicas às crianças, aos adolescentes ou a qualquer pessoa que tenha conhecimento da situação de trabalho infantil é sempre denunciar. O aliciamento pode ser evitado e o trabalho infantil combatido, basta acionar a escola, seja na figura do professor, ou da direção escolar, na coordenação do programa assistencial que a criança ou o adolescente participa, nos CRAS, no CREAS, nos Conselhos Tutelares e pelo Disque 100. (Sara Ribeiro – ASCOM)
Publicado em Cidade na Edição Nº 15329
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