Waldir Braga discursa da tribuna da Câmara
A sede da redação do jornal Folha do Maranhão do Sul.

Domingos Cezar

Faleceu no início da noite desta terça-feira (12) em Carolina, aos 90 anos de idade, o jornalista e escritor Waldir Azevedo Braga, membro fundador da cadeira 23 da Academia Imperatrizense de Letras - AIL, patroneada pela escritora Carlota Carvalho.
Nascido em Carolina no dia 29 de junho de 1928, Waldir Braga era filho de Jeny Azevedo Braga e Antônio Braga Noleto. Cursou o primeiro grau no Colégio Batista de Carolina e no Colégio Marista, em Belém (PA). Foi político, porém destacou-se na carreira de jornalista. 
Foi repórter do jornal Tribuna Popular, no Rio de janeiro, e colaborou no Jornal de Debates, escrevendo comentários políticos e econômicos. Colaborou ainda com os jornais Tribuna de Carolina e A Tarde, de Carolina, e O PROGRESSO.
Foi vereador em Carolina no período de 1982 a 1992, presidindo a Câmara Municipal no biênio 1991/1992, sendo relator da Lei Orgânica do Município de Carolina. Como empresário foi eleito presidente da Associação Comercial e Industrial de Carolina no período de 1964/66.
Exerceu ainda cargo político de chefe de Gabinete e secretário municipal de Educação, na administração do prefeito Absalão Coelho. Nos últimos anos criou e se dedicou à publicação do jornal Folha do Maranhão do Sul, com sede em Carolina e circulação por todo o sul maranhense.
No Folha do Maranhão do Sul, Waldir Braga fez ampla defesa do projeto de criação do estado do Maranhão do Sul, projeto que há quase três décadas tramita no Congresso Nacional. Neste jornal exerceu as funções de repórter, redator e articulista. Publicou o livro Os 20 anos que mudaram o Brasil (2012).
O presidente da Academia Imperatrizense de Letras, Raimundo Trajano Neto, lamentou a morte de Waldir Braga, que mesmo avançado em idade frequentava com constância as reuniões da Academia. "Era um confrade muito presente às ações da Academia", lembra Trajano Neto.
Na reunião ordinária desta quinta-feira (14), os acadêmicos prestarão uma justa homenagem a Waldir Azevedo Braga, o qual, durante anos prestou relevantes serviços ao sodalício. Waldir Braga era irmão do saudoso Ulisses Braga, que também era membro da AIL.