Domingos Cezar
Faleceu nessa quinta-feira (25), em uma clínica de São Luís, o professor e escritor Arnaldo Monteiro dos Santos, vitimado por problema cardíaco, que se arrastava havia vários anos. Em face a essa situação, em uma clínica de São Paulo, capital, Arnaldo Monteiro recebeu um marca-passo, com o qual conviveu nesses últimos anos de sua vida.
Isso obrigava o professor a comparecer pelos menos uma vez por ano na clínica paulista para fazer revisão do aparelho que levava no peito para que pudesse viver até alcançar os 70 anos de idade. Arnaldo Monteiro nasceu no dia 15 de dezembro de 1948, em Sítio Novo do Maranhão. Fez os estudos primários e médio na cidade de Grajaú.
Membro fundador da Academia Imperatrizense de Letras – AIL, ocupando a Cadeira 23, tendo como patrono Alfredo de Assis Castro, mesmo tendo que conviver com esse problema cardíaco, que o levava a um constante cansaço, Arnaldo Monteiro foi um dos mais brilhantes e atuantes membros da Academia de Letras, admirado por todos os confrades e confreiras.
Só faltava uma reunião na Academia se estivesse viajando. Às vezes, sentindo muito cansaço, fazia orações com temas de linguagem, que arrancava aplausos dos acadêmicos presentes. Quando não estava se sentindo bem, pedia licença aos confrades para se retirar, “porque estou me sentindo muito cansado”, dizia ele, mesmo assim despedindo-se sorridente.
Perfil – Licenciado em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa, Língua Inglesa e respectivas Literaturas. Foi professor de Língua Portuguesa, Literatura e Construção Textual, na Escola Técnica de Comércio de Imperatriz, no Centro Educacional São Francisco de Assis, nos cursinhos pré-vestibulares Método, Anglo, Teorema e Juris Concursos. Professor de Literatura na UEMA.
Foi servidor do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), nos projetos fundiários de Açailândia e Imperatriz, desde 1977 até sua aposentadoria, por invalidez permanente, em 2004. Exerceu as funções de chefe do Grupamento Administrativo e do Grupamento de Finanças, chegando ao cargo de executor do INCRA em Imperatriz.
Também foi funcionário do Banco do Estado do Maranhão (BEM). Como servidor público, foi diretor da Divisão de Tesouraria e diretor administrativo da Prefeitura Municipal de Imperatriz, de 1975 a 1977, nas gestões dos interventores estaduais Bayma Júnior, Carlos Alberto Barateiro e Elberth Leitão Santos.
Ativo no meio cultural, Arnaldo Monteiro foi jurado de festivais de Poesia, Crônicas e Contos e festivais de música, entre eles o Festival Aberto Estância do Recreio (FABER). Foi colaborador e revisor de O PROGRESSO, na década de 70. Ministrou palestras, fez inúmeros trabalhos de revisão, redigiu comentários críticos e prefácios de obras de escritores da região.
Obras publicadas – Manual de dificuldades da Língua Portuguesa (1975), A vida e seus percalços (2001), Textos do meu mundo (2002), Vidas tecendo textos (2007) e Reflexos de reflexões (2012).
A diretoria da Academia Imperatrizense de Letras última os preparativos para velar o corpo do acadêmico Arnaldo Monteiro, no auditório Vito Milesi, sede da AIL, na Praça da Cultura.
Comentários