Domingos Cezar
Seguindo o roteiro elaborado pela diretoria da Academia Imperatrizense de Letras (AIL) de que uma vez por mês um acadêmico apresentasse a vida de seu patrono, na última quinta-feira (18) foi a vez do acadêmico Adalberto Franklin mostrar aos confrades e convidados a vida do patrono de sua Cadeira 20, o escritor, advogado, político e diplomata maranhense Dunshee de Abranches.
É praxe da AIL ter como patrono de seus 40 membros pessoas que sejam da região, do estado e até de outras unidades da federação, mas que tenham vivido e colaborado com a cultura da região sul-maranhense de abrangência da Academia. Portanto, apesar de ter nascido na capital do estado, Dunshee de Abranches foi promotor público de Barra do Corda e Grajaú, além de ter criado o clube republicano de Carolina.
De acordo com Adalberto Franklin, seu patrono foi um dos homens mais influentes entre os séculos XIX e XX, tanto na literatura quanto na política, quando foi deputado estadual (1904-1909) e deputado federal (1909 a 1917). Antes disso, porém, Dunshee de Abranches viveu em Barra do Corda e Grajaú, vivenciado a famosa guerra do Leda, que lhe rendeu uma das mais famosas obras - "A Esfinge de Grajaú".
Romancista, memorialista, poeta, jurista, jornalista, político e diplomata, Dunshee de Branches, segundo o acadêmico Adalberto Franklin, teve sólida formação humanista e jurídica como bacharel em Direito, estudou história e ciência política, música e medicina, cursando até o 5º ano, mas abandonando para abraçar Direito, que já estava cursando. Dunshee de Abranches, conforme ensina Adalberto Franklin, concluiu o curso de Direito com apenas 21 anos de idade, sendo nomeado promotor público para a Comarca de Grajaú e Barra do Corda (1888-1889). Por aqui, empenhou-se na campanha abolicionista e na criação de clubes republicanos no interior do Maranhão, fundando ao lado de Frederico Figueira e Isaca Martins o jornal O Norte (Barra do Corda) e o clube republicano de Carolina.
No Rio de Janeiro, capital da República, destacou-se como deputado federal e jornalista. Foi o terceiro presidente da Associação Brasileira de Imprensa - ABI (1910 a 1911) instituindo a carteira de jornalista como instrumento de identidade e do exercício efetivo da função. É autor de mais de 160 obras, mais de 100 publicadas e foi professor honorário de Direito, da Universidade de Heidelberg, na Alemanha.
Semeando - Marcaram presenças como convidados e para convidar os acadêmicos para o lançamento do filme curta metragem "SOS Bairro Caema", líderes do Movimento Cultural de Imperatriz, promotor João Marcelo Trovão e o presidente da Fundação Cultural de Imperatriz, Lucena Filho; a professora Walquíria Lima, Denise Pereira Mitre, Lorena Rivera Mitre e a escritora carioca Isa Saraiva Ferreira.
Na oportunidade, a escritora Isa Saraiva Silveira apresentou aos acadêmicos e convidados seu livro "Semeando", cuja obra já se encontra em sua quarta edição. Semeando, de acordo com a autora, é um livro de bolso com lembretes de boas maneiras para crianças, jovens e adultos. "Pequenos gestos fazem muita diferença e cultivar gentileza, respeito, ética é o caminho para uma sociedade mais pacífica e feliz", concluiu a escritora, que se disse surpresa com a hospitalidade de Imperatriz.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14536
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