Cida Marconcine (UREI)
O Teatro Ferreira Gullar ficou lotado, na terça-feira (27), com estudantes, professores, gestores escolares, técnicos pedagógicos da UREI, familiares e amigos dos finalistas do Festiafro 2015 - VI Mostra de Interpretação de Literatura Negra (Poema, Conto, Crônica e Dramaturgia), que é um evento promovido pela Unidade Regional de Educação de Imperatriz (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI), em parceria com o Centro de Cultura Negra Negro Cosme (CCNNC).
Foram apresentados nove trabalhos (poemas e dramaturgia), interpretados por alunos e alunas da rede estadual de ensino de Imperatriz, das escolas CE Urbano Rocha, CE Governador Archer, CE Nascimento de Moraes, CE Tancredo Neves, CE Estado de Goiás e CE Raimundo Soares da Cunha. Essas apresentações foram pré-selecionadas no dia 23, durante a primeira etapa do Festiafro, no Centro de Formação de Professores, com participação direta de 50 alunos.
O Festiafro tem como objetivos despertar o gosto pela arte literária e teatral, conhecer e apreciar obras de diversos autores, gêneros e estilos, além de possibilitar a interpretação de literatura africana e afro-brasileira. Alguns autores escolhidos, além de autoria própria dos estudantes, foram Cristiane Sobral, Zeca Tocantins, Castro Alves, Cruz e Souza, entre outros.
A gestora Regional de Educação de Imperatriz, professora Rosyjane Paula, parabenizou os alunos e pais presentes ao evento: “Parabéns por esta atividade, por terem incentivado os filhos de vocês a participar, por cada um que está aqui, que respeita e valoriza a diversidade. É esta a educação que queremos e precisamos para um mundo melhor”. A diretora Regional de Educação de Imperatriz, professora Orleane Santana, também se pronunciou: “Estou muito emocionada de ver esse show de apresentações que nossos alunos nos proporcionaram e mais ainda por ver as famílias, os professores, os colegas torcendo e apoiando os candidatos da sua escola. É uma festa linda e isso nos orgulha, porque é o resultado do trabalho que está sendo feito em nossas escolas, pelos professores, gestores e por esta equipe maravilhosa que é a Ceiri”, declara a diretora Regional.
Foram premiados quatro trabalhos, sendo 1º, 2º e 3º lugar (júri técnico) e 1º lugar por aclamação popular, que receberam troféus e certificados.
Resultado
1º lugar (júri técnico) e 1º lugar (por aclamação popular): Alliny Patrícia Lima Costa (CE Tancredo de Almeida Neves), que interpretou com muita emoção e beleza o poema “Canção do Africano”, de Castro Alves.
2º lugar: Grupo de alunos e alunas do CE Urbano Rocha: Igor Lima, Eduardo Louvores, Paula Assunção e Rayssa Vitória, que interpretaram e emocionaram a todos com a dramaturgia “Ser negro faz a diferença”, de Domingos Alves de Almeida.
3º lugar: Grupo de alunos e alunas do CE Urbano Rocha: Aline Cristina, Rodrigo Araújo, Tanandra Cristina, Daiane de Jesus, Julianne Pereira, Raimundo Francisco, Fernando da Silva e Ana Carolina, que brilharam com a dramaturgia “Saudades da eternidade”, de autoria dos próprios estudantes.
Júri técnico/1ª etapa e final
Marita Ventura (jornalista, atriz e professora de teatro), Ariston Di França (ator, diretor teatral e escritor), Sueile Lima Silva (bailarina, balé afro-conteporâneo/BAC, psicóloga, Semed/Siadi), Janailton Santos (ator, diretor de produção, produtor cultural, encenador, pesquisador em teatro), Maria Florismar (atriz e conselheira tutelar), Jô Santos (atriz, professora, contadora de histórias e animadora infantil), Rute Maria Chaves Pires (professora da UEMA)
CEIRI
O sucesso e os resultados do Festiafro 2015 estão diretamente ligados ao trabalho árduo da CEIRI, Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz, que é ligada à Unidade Regional de Educação de Imperatriz (UREI), junto a todas as escolas da rede pública estadual desta Regional. “O Festiafro é uma das ações da Ceiri em prol da diversidade cultural, da valorização e respeito à cultura negra (afro-brasileira e africana), assim como contra o preconceito e racismo. Também lutamos pela implementação da Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas”, disse a professora Eró Cunha, uma das integrantes da Ceiri, que conta ainda com a atuação das professoras Giseuda Costa, Luísa Sousa e Dora Mota.
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