Raimundo Primeiro
Indubitavelmente, críveis são as transformações verificadas, principalmente ao longo das últimas quatro décadas, em Imperatriz. Ao completar 165 anos de fundação, a cidade tem razão de sobra para comemorar o transcurso de tão relevante data.
Os imperatrizenses, sobretudo aqueles que aqui nasceram, são seus verdadeiros “donos”, representantes e defensores legais. Entretanto, todos os habitantes da conhecida terra do frei, também já são seus filhos, pois aqui vieram, constituíram famílias, negócios e prosperaram. Sendo assim, obviamente, têm direito de defendê-la.
Imperatriz é assim: pulsante e pungente do ponto de vista de ir avante na conquista de seus ideais. O fez e permanecerá fazendo. É o pensamento cada vez mais atual de seus moradores, daqui e dali, ou seja, do Centro e dos bairros. Enfim, dos quatros cantos da cidade. E do Brasil!
O empresário Francisco da Silva Almeida, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Imperatriz (CDL), enfatiza, oportunamente, que o município tem potencialidades inexploradas. Sua economia ante tal constatação, tende crescer ainda mais. Afirma, a propósito, que os imperatrizenses têm razão de sobra para estarem eufóricos. “Ter felicidade é reconhecer erros e acertos”, reforça o empreendedor que, apesar de não ter nascido na cidade, fincou de vez suas raízes no município. Ele veio de Pedreiras (Maranhão).
Um dos principais pesquisadores de Imperatriz, sua história e sua gente, o jornalista, escritor e palestrante, Edmilson Sanches, apesar de não ser filho da cidade, nasceu em Caxias (Maranhão), também é um apaixonado pela Majestade do Maranhão. Amor, aliás, declarado por diversas e ressonantes vezes. Ele é o editor-chefe da principal publicação sobre o município – a “Enciclopédia de Imperatriz”, da qual também fui um dos integrantes da equipe de repórteres.
Sobre a cidade, diz Sanches: “Sua Majestade, Imperatriz. Flor da Amazônia, vitória-régia – grande, incultivada e bela. Imperatriz. Cidade de antônimos. Pólo de concentração e dispersão. De importação e exportação. Imigração e emigração. Desejo e decepção. Imperatriz anfíbia: Nordeste e Amazônia. Sol e água. Seca e Selva. Areia e relva. Sofá e sela. Porta e porteira. Pórtico e cancela. Mansão e palhoça. Carro e carroça. Asfalto e roça. Misto de trabalho e desemprego, de produção e carência, de oferta e procura, de desperdício e fartura, resultado de seus contrários, pastel de paradoxos, Imperatriz é o retrato ampliado de nossos acertos e imperfeições, virtudes e incompletudes. Um São Paulo no interior do Maranhão, todos nós brasileiros temos algo a ver com esta cidade – Imperatriz, Majestade”.
Imperatriz é pluralismo, multifacetada. A cidade, o município, no seu todo, é riqueza em todas as áreas. Suas Matizes, suas nuances, seu jeito, seu clima, suas peculiaridades, encantam, fascinam e, sobretudo, inspiram artistas, nas mais distintas expressões artísticas. Singular, possui cultura e costumes que se notabilizarem em virtude da manifestação expressada e repercutida por seus “colonizadores”, pessoas vindas da Bahia, das Minas Gerais, do Goiás, do Ceará, do Espírito Santo, entre outros importantes estados brasileiros.
Em Imperatriz, a máxima “o progresso é fruto de união entre as pessoas”, se encaixa perfeitamente bem. Fomos e somos uma terra miscigenada. Eu mesmo, por exemplo, descendo de baianos, mineiros, pernambucanos e paraenses. Somos variadas gentes, numa mesma cidade. Aqui, tudo é grande. Enfim, superlativo.
Avante, pois IMPERATRIZ, concluindo parafraseando Séneca, “a parte mais importante do progresso é o desejo de progredir”.
Imperatriz, única, sui generis. Nosso amor, nossa paixão, nosso xodó!
Parabéns, conterrâneos imperatrizenses, daqui e de outras terras, pela passagem dos 165 anos de fundação da nossa cidade. Que venham mais retumbantes aniversários!
(* O autor nasceu em Imperatriz. Filho de Raimundo Nonato, paraense, e Adinê dos Santos, baiana, tem seis irmãos)
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