Meus amigos. Hoje, dia 8 de março, é consagrado às mulheres de todo o planeta. É o dia internacional da mulher. Quero, portanto, prestar essa singela homenagem às mulheres dizendo-lhes de logo que seu trabalho sempre foi importante e como verão trago um pouco da história desse ente tão querido por todos nós, pois pelo menos uma mulher nos é querida: nossa mãe.

Nas sociedades primitivas cabia à mulher a coleta dos frutos. No Egito antigo a tecelagem lhe constituía ocupação principal, sendo que ali no reinado de Hatshepsut não considerou a mulher como ser inferior.

Na sociedade cretense a mulher ocupava lugar de destaque e como sacerdotisa cabia-lhe o principal papel nas cerimônias religiosas.

Na Grécia antiga as mulheres teciam, moíam o trigo e uma minoria trabalhava nas minas de prata e ferro, enquanto outras comercializavam. Em Roma a situação era idêntica, salvo no que tange às atividades comerciais.

Aponta Sullerot que do século X ao XIV as profissões comuns aos dois sexos se avolumam, havendo mulheres escrivãs, médicas e professoras; os salários, por sua vez, não se distanciavam tanto dos salários masculinos.

No Renascimento as mulheres perdem várias atividades que lhes pertenciam, como, por exemplo, trabalho com a seda, metais preciosos, etc., e se confinam entre as paredes domésticas, entregues ao trabalho a domicílio que surge nos primórdios do século XVI.

A partir do século XIX, quando o algodão e a lã são retirados das casas para as fábricas o trabalho em domicílio perde importância e os homens, dada a miséria que enfrentavam no campo, dirigem-se às fábricas, para executarem um trabalho que até então era confiado às mulheres. Entretanto, a mão de obra da mulher é solicitada na indústria têxtil, tanto na Inglaterra como na França, porque menos dispendiosa e mais dócil.

Em virtude da exploração a que eram as mulheres submetidas pelos empregadores como, por exemplo, jornadas de trabalho de 13 horas ou mais em locais insalubres e percebendo salários irrisórios, consumidos pelas elevadas multas a que se sujeitavam, caso praticassem a mais leve falta, como abrir uma janela, dificilmente sucumbiam ao espetáculo da depravação, às seduções que as pressionavam.

Por tais absurdos praticados contra as mulheres trabalhadoras começam a surgir as primeiras manifestações legislativas de proteção ao trabalho da mulher. Assim é que em 1842 surge na Inglaterra o Coal Mining Act, proibindo a mulher do trabalho em subterrâneos e o Factory Act de 1844 que reduziu a  jornada diária para 12 horas e vedando o trabalho noturno.

Muitos outros instrumentos legislativos surgiram a partir de então, sendo impossível listar a todos em tão breve espaço. Mas é importante que se diga que em 25 de janeiro de 1919, instalou-se a A CONFERENCIA DA PAZ, que deu origem ao Tratado de Versalhes. Na parte XIII do referido Tratado, criava-se a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cuja constituição é o preâmbulo do Tratado de Versalhes com ligeiras alterações. Nas diretrizes ali traçadas e consubstanciadas em assegurar a paz social por meio de melhores condições de trabalho, foram adotadas, pela Conferencia Geral da OIT, diversas convenções e recomendações relativas aos setores que reclamavam proteção.

O trabalho da mulher foi uma das primeiras matérias a constituir objeto de regulamentação específica por esse organismo internacional.

No que pertine aos fundamentos da tutela especial para o trabalho das mulheres, apontam os autores que os são motivos de ordem fisiológicos e de eugenia, respectivamente, à função reprodutora e ao fortalecimento da raça, para justificar a licença maternidade, e os intervalos destinados ao aleitamento; razões espirituais, razões morais e familiares, que a rigor residem no resguardo da mulher no lar, utilizados para justificar a proibição do trabalho extraordinário e noturno. Minhas estimadas leitoras. Feliz dia das mulheres.

Até a próxima.