Meus amigos. Vejam o que pode acontecer no Carnaval. Esqueço o Direito do Trabalho e “se eu errei/ Foi sem querer/ Jamais pensei/Jamais pensei/Em te fazer sofrer. Você roubou meu sossego,/Você, roubou minha paz,/Com você, eu vivo a sofrer, Sem você, vou sofrer muito mais.

Não, não me diga adeus, Pense nos sofrimentos meus, Não, não me diga adeus, Pense nos sofrimentos meus. Se alguém lhe der conselhos, Pra você me abandonar, Não devemos nos separar, Não vá me deixar, Por favor, Que saudade, É cruel, Quando existe amor.

Eu agora sou feliz/Eu agora vivo em paz/Me abandona, por favor/ Porque eu tenho novo amor/E eu não te quero mais/“Eu agora sou feliz”
Esquece que você já me pertenceu/Que já foi você,/ meu querido amor/Aquela velha amizade nossa já morreu/Agora quem não quer você sou eu/“Eu agora sou feliz”.

E porque não contar algumas histórias de carnaval?

A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada Ó Abre Alas, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. Teve início então a história das marchinhas de carnaval.

Um estilo musical importado para o Brasil descende diretamente das marchas populares portuguesas, partilhando com elas o compasso binário das marchas militares, embora mais acelerado, melodias simples e vivas, e letras picantes, cheias de duplo sentido. Marchas portuguesas faziam grande sucesso no Brasil até 1920.

A marchinha característica do carnaval brasileiro passou a ser produzida com regularidade no Rio de Janeiro, a partir de composições de 1920. Algumas marchinhas famosas: As Pastorinha/As águas vão rolar/Atrás do trio elétrico/Aurora (Mário Lago/Roberto RobertoKeli.Bandeira branca/Cabeleira do Zezé (João Roberto Kelly e Roberto Faissal)/Cachaça não é água (Carmen Costa e Mirabeu Pinheiro)/Chiquita Bacana (Braguinha/Alberto Ribeiro)/Linda morena (Lamartine Babo)/ Mamãe eu quero de Vicente Paiva (1937)/Máscara negra de Zé Keti e Pereira Mattos (1967)/Me dá um dinheiro aí (Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira)/Ó abre alas de Chiquinha Gonzaga (1899)/O teu cabelo não nega mulata de Lamartine Babo Pirata da Perna de Pau de Braguinha
Saca rolha/Sassassaricando de Luiz Antônio, Zé Mário e Oldemar Magalhães/Ta-hí de Joubert de Carvalho (1930)/Touradas de Madri de Braguinha/Um pierrô apaixonado / Yes, nós temos bananas. 

Inicialmente calmas e bucólicas, a partir da segunda década do séc. XX as marchinhas passaram a ter seu andamento acelerado, devido a influência da música comercial norte-americana da era jazz-bands.

O auge das marchinhas carnavalescas ocorreu entre as décadas de 30 e 40 do século passado. Todavia, foi somente em 1967 que Zé Kéti, um dos maiores compositores da história do samba, faria o grande sucesso “Máscara negra”, dando nova vida para o gênero.

O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente. O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, em janeiro de 1917, cantado por Baiano. A letra deste samba foi uma composição coletiva com a participação de João da Baiana, Pixinguinha, Donga e outros músicos que frequentavam a casa da Tia Ciata, no Rio de Janeiro. Donga (Ernesto Joaquim Maria dos Santos) havia registrado, na Biblioteca Nacional do Brasil, a letra deste samba em 27 de novembro de 1916. Feliz Carnaval para todos. Até a próxima.