Imaginem se hoje, como quase todos os dias está acontecendo, ficássemos sem internet e conexão de celular. Mais precisamente sem internet, que comanda Twitter, Facebook, email, 3G, ipad, smartphones, iphones, tablets, notebooks, celulares, sites de banco de dados, sistemas, empresas, lojas, comércios, links, rádios, Tvs, computadores, mentes, sonhos, negócios, reuniões, teleconferências, cursos, marketing, casas, prédios, whats app, programas, Microsoft, Apple. A internet controla a sua vida. A minha vida, a vida de todos nós.
Sem internet, como viviam nossos antepassados? Nossos bisavós, avós? Viviam normalmente e tinham mais contato humano. A internet, quando para de funcionar, ela para uma empresa. Deixa inerte toda uma cidade. As cartas hoje servem como lembrança de um tempo bom. Mandar cartas não é romântico, é atraso de vida. É uma pessoa que não tem e-mail. Que não tem nenhum vínculo tecnológico na sua vida. A internet mudou a vida de muita gente. Milionários sem sair de casa surgiram rapidamente nos últimos 15 anos. Uma febre capitalista, uma máquina feroz incontrolável. Barack Obama tentou espionar e Dilma pensa em fazer o mesmo, controlando tudo pela internet. Impossível. A internet é um filho do homem que tem vida própria. O sistema não é interligado em cabos, mas sim em nossas mentes. Corremos dos problemas na tela do computador ou de um celular, com um jogo ou uma distração qualquer. Conversamos com nossas famílias pelo whats app ou mensagem, mesmo que estejamos a 2 metros de distância. A família moderna não dá bom dia, conecta-se ao mundo. A família moderna está desde cedo no 3G e até a tarde na internet. As vias de internet nos deixaram mais ociosos, porém mais interligados. Estamos todos unidos por uma linha que não vemos. Posso estar a 05 amigos do Facebook de alguém que mora nos EUA. Posso expor meus pensamentos sem censura prévia. Para o mal, a internet esfola a gramática através dos preguiçosos. Você, tbm, ngm, td, ti, mi, abç, bj, bjo, net, kra, omg, aff, s2, blz, sussa (esse é o mais ridículo), vlw, flw, add, KD, brb, xau, fail, msg, qrdo ou qrda, voçe (esse é mais estúpido), cmça... e por aí vai o internetês que mata o português. Existem muitas redações do ENEM tirando as sacadas geniais, as brincadeiras e os débeis, alguns textos você encontra abreviados como escrita de internet. O costume das telas de PC fazem a escrita normal de muitas adolescentes. O que preocupa é que a onda não tem previsão de parar. Pois, se parar, nós vamos pirar. Sem internet não fazemos nada. A evolução mudou o sistema para melhor, mas nos fez dependentes. Escravos. E não queremos nenhuma princesa Isabel. Nós precisamos estar conectados, mas não precisamos ser totalmente presos a internet, a dona do mundo.
Daqui uns 20 anos, não teremos mais contato pessoal. Será tudo mais digitalizado, tudo mais rápido e tudo menos burocrático. Daqui uns dias, atenderemos as pessoas como clientes, sem saber que cor de cabelo tem, qual sua voz ou o jeito que se veste. Trataremos tudo on line, tudo por celular, ipad, mensagens... Acho que eu estou meio atrasado. Já fazemos isso há muito tempo. Meu 3G está carregando, se você leu este texto, é porque eu consegui mandar para o jornal.
Nossa, você ainda lê jornal impresso?

Phelippe Duarte
Cronista e poeta