Eu queria tanto falar de política. Discorrer sobre a democracia não-burra ter acordado. Gostaria de falar sobre Aécio e Dilma e todas as colocações de cada um em seu devido programa ou proposta de governo. Mas existe para mim um assunto que é mais importante. É sim, muito mais. Que o Brasil já tem cheiro de Aécio e Aécio cheiro de Brasil, não temos dúvidas. Que Dilma deve estar incrédula ou no mínimo cética, o que eu duvido pela soberba dos petistas, quanto ao resultado das eleições, podemos até não termos dúvidas. Mas, para este humilde eleitor dentre mais de 100 milhões de eleitores, há algo muito mais magnífico e importante do que a eterna briga entre PT e PSDB: Meu filho Benício. Sério, até sorri de felicidade agora. Só de citar o nome dele, pois de imediato lembro do lindo sorriso que agora há pouco acabei de ver. Lembro dos grandes olhos, dos cílios pontiagudos, das bochechas mais doces e do narizinho que tem quaaaaase um pedaço do avô Negão. É lindo. Mais lindo ainda é o amor que se mostrou mais do que imaginava ser ou já ter tido em minha vida. Benício fez um ano agora, no último dia 10 de outubro, e eu ainda guardo com carinho na minha mente a primeira vez que escutei seu coração e a primeira vez que eu o vi.
Quando nos tornamos pai, nós renascemos. As prioridades mudam rápido, o foco do trabalho passa a ser mais eloquente. Os problemas começam a ter soluções e se não tiver você procura, acha, desenterra, se vira, acredita, busca e consegue. Parece que os sonhos passam a criar bases de concreto, seguras, feitas com vigas de aço. E parece que ficam perto de serem realizados. Por que nós acreditamos mais em nós mesmos. Nos vemos capazes de ir além por conta de um serzinho que nem sabe ler nem escrever, não sabe ainda o certo e o errado, não sabe se vestir, se calçar, não tem rumo ainda nas pernas nem prumo nos dedos e no olhar. Mas que sabe mudar a vida de muita gente, a rotina de tanto cotidiano comum.
Como pais somos melhores do que ontem. Basta deixar-se levar e a natureza da transcorrência da vida nos leva normalmente sem medo de errar, sabemos que o erro é o fruto da tentativa do acerto. Observo a vida de outra forma. Não possuo mais meus olhos. Eu vejo o mundo pelos olhos do meu filho. Meus passos são os passos dele, meio torto, meio trêmulo. Minha cabeça é pensar como a dele, ainda sem nexo, mas com o propósito coloquial de nunca desistir, pois é da minha natureza humana tentar e continuar em frente. Vejo guerras e crianças no meio. Notícias de abortos e de infanticídio. Pedofilia. E tudo o que sentimos é o desejo de proteger mais ainda nossos filhos. É inevitável. É pular na frente para a bala ser toda sua.
Benício Duarte Parreira Santos é a alegria da minha existência. Se não for o pai perfeito, serei o mais direito e correto. Pai perfeito não presta, no sentido pior da palavra. Sim, a perfeição tem em si suas particularidades infames. Afinal, dizer sim toda vez é prejudicial à criação da criança e à saúde paterna. Benício, meu filho, como escrevi na música que fiz para você, é com enorme orgulho de apenas ter tido o privilégio de Deus de ser pai e de ser teu pai, que encerro esse texto de amor intenso e inexplicável por aqui. Eu te amo, feliz aniversário de muitas décadas que virão abençoadas por Deus.
“Não tenho mais nada pra pedir,
Se eu já te tenho aqui.
Basta olhar pra mim, pra te ver.
Meu bem-Benício amor,
Te esperei desde o início,
Te amei quando chegou”.
Parabéns Benício!
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