Eu votei em Jair Bolsonaro, como disse aqui antes. Mas algumas coisas estão me incomodando profundamente. O que, também, já escrevi aqui antes. Mas como o filho dele continua disseminando inimizade por todo lado nas redes sociais, eu posso repetir minha indignação também todo domingo.  O grupo do presidente ainda pensa como chapa de eleição. Isso me deixa preocupado.  As opiniões pessoais do grupo do presidente incluindo a sua própria, não ajudam em nada o país. Bolsonaro afirma que o Brasil não sofreu golpe militar em 1964, e que não houve ditadura no país. É o mesmo que afirmar que Lula nunca pisou em Atibaia e que ele agora tem dez dedos na mão. Paciência. Votamos em Bolsonaro mais pelo motivo do patriotismo exacerbado do que pela qualidade do candidato. Mais ainda, pela vontade de liquidar o poderio maluco da esquerda, que por mais de 15 anos mandou no país. E o que vemos agora? O filho de Bolsonaro ditar confusões pelas redes sociais e ele passar a mão na cabeça dele, castigando-o severamente, levando o rapaz para a casa mais importante do planeta, com o homem mais poderoso do planeta. Bolsofilho trocando altas ideias com Donald Trump. E teve o seu trabalho, não sei ao certo se foi o de redes sociais, elogiado pelo presidente dos EUA, que também costumava dar umas twitada de vez em quando, tendo maneirado nos últimos tempos. A ferramenta cibernética é um perigo na mão de gente doida. Imagina um país?

Trump vem administrando bem. Parou com os devaneios e com a caça aos inimigos invisíveis, coisa que Bolsonaro gosta de fazer. Muita coisa eu sou a favor e aplaudo nosso presidente. Mas quando ele age como candidato e impõe suas vontades egoístas nos rumos do país, devemos ficar atentos. A ideia estapafúrdia de colocar nos livros de história, que no Brasil nunca houve ditadura, é uma falta de respeito com o país que o elegeu. É cagar em cima da bandeira. Nunca que um professor em sã consciência, deixará esse material entrar na cabeça das crianças. Bolsonaro fala tanto da ideologia de gênero entrar nas escolas, e me vem com uma maluquice dessa. Pra mim, é baixaria do mesmo jeito. É impossível você querer mudar o que está na história. Não se pode tirar a dor dos pais que perderam os filhos e dos filhos que perderam os pais na ditadura. Não tem como fazer sumir as cicatrizes de quem foi torturado e conseguiu sobreviver. Apagar da memória 20 anos de crueldade e fascismo com duas páginas em um livro, contando mentiras, é absurdo. Não somos estúpidos e nem passivos ao ponto de permitir que aconteça uma catástrofe dessas. Fora essa babaquice, Bolsonaro ainda inventa de comemorar 55 anos do dia em que os militares salvaram o Brasil, segundo ele. Na sua concepção, o país estava prestes a ser tomado pela esquerda, pelos comunistas, e para não fabricarmos mais um Che Guevara ou um novo Fidel Castro, o exército tomou as rédeas do país. A princípio, a ideia era positiva. Mas logo depois de tomarem o poder, os militares fecharam o Congresso, impondo suas próprias leis e regendo o país como se fosse um tanque de guerra, com a mira apontada para quem se quer, pensasse contra o autoritarismo implantado por eles. O ministro da educação, Ricardo Vélez, também vai no mesmo pensamento de Bolsonaro. Ele disse, sobre as mudanças no conteúdo didático: “Haverá mudanças progressivas na medida em que seja resgatada uma versão da história mais ampla....”  Disse ainda, que o fato político de 1964, foi uma decisão soberana da sociedade brasileira. Se pensarmos mais a fundo, a sociedade brasileira é a que menos teve soberania em qualquer decisão na época. O povo brasileiro conhece sua história. Não precisa nenhum governo maluco, querer ensinar ou revisar o que está escrito na memória, no coração do Brasil. O amanhã me preocupa. Devemos tomar cuidado, por que de repente, Bolsonaro e sua equipe militar, podem até querer mudar a caligrafia do nome do nosso país, de Brasil, para Brasiu. Chega de ideia burra. Temos muito mais com o que nos preocupar.