Quando Dilma diz que no seu Governo não (SÓ) existe escândalo de corrupção, ao mesmo tempo eu começo a acreditar na sinceridade dela. Não é possível um ser humano mentir tanto na frente dos fatos, como Dilma faz. É o mesmo que o marido chegar cedo em casa, pegar a mulher com outro na cama, deitar do lado dos dois, dando um beijo de boa noite na esposa, e a esposa dizendo: ‘amor, amanhã você quer o que pro café?’.
Dilma nos trata como imbecis ao afirmar que o seu Governo é limpo e cospe na bandeira brasileira, urinando um pouco nas leis penais da Constituição, quando ainda cogitou Lula para ser um de seus ministros, ideia totalmente rejeitada pelos ex-torneiro mecânico, que preferiu continuar a viajar pelo país defendendo a continuidade da democracia petista. Que fique bem claro: existe a democracia brasileira e a democracia petista. Numa série de situações, Dilma causa revolta nos 50% do povo brasileiro que a elegeram, conseguindo uma média de 69% de reprovação total no país. 19% dos 50% dela já começaram a acordar. Isso se não for maior o índice de reprovação do seu Governo. Lula, ao viajar pelo país defendendo a tal da sua democracia, faz um esforço descomunal para as pessoas continuarem acreditando na sua pupila e seu Governo que não tem escândalos de corrupção. O homem é tão bom, mas tão bom, que deve conseguir ter sucesso na missão que o PT lhe confiou. “Lula, vá lá e continue a fazer o povo de besta com suas metáforas estapafúrdias e colocações verbais aquém do que você acha que pode. Vá lá, nobre companheiro”. O problema é que Lula está se esgoelando demais. A cada palestra dela, Dilma vai na TV e faz mais uma cagada. Enfia os pés pelas mãos toda vez que abre a boca. Está mais magra, parece debilitada. Mentalmente, parece realmente, debilitada. Ela deve chegar na frente do espelho no final do dia, se olhar, e num instante Dilma de loucura, que dura muito mais do que um instante, imaginar: “Já que no meu Governo não existe escândalo de corrupção, eu posso além de pensar em estocar vento, ficar mais 200 anos no poder, igual o Evo Morales, o povo não vai nem notar”.
Lutando contra si mesma, ela vai perder. A maior adversária dela é ela, Dilma. Os pedidos de sua renúncia na Câmara têm tudo para ficar tão volumosos quanto os pedidos de entrega de pizza num domingo à noite. E o que ela diz sem pestanejar: “Eu acredito que o objetivo da oposição seja inviabilizar a ação do governo, mas a ação do governo não vai ser inviabilizada pela oposição, faça ela quantos pedidos de impeachment fizer”. Ou seja, podem mandar pedidos de impeachment, que as armações, ops, ações, do governo irão continuar, e nada irá tirá-la do poder. Nem mesmo uma ventania estocada na porta do Palácio do Planalto, sendo solta justamente na hora em que Dilma passar. A mulher só acredita no que quer e deseja que da mesma forma o povo acredite nas suas lazeiras. Minha maior preocupação é ela começar a mentir tanto, que será capaz de dizer que Lula tem todos os dedos. E o povo lá, vendo que Lula tem apenas nove dedos. E ela dizendo: não gente, ele tem dez, por favor, no meu governo não existem mentiras. Dilma, se no seu governo não existe mentiras, eu só posso dizer que quem governa o Brasil não é você, e sim Aécio Neves. Ele quem ganhou nas últimas eleições. Lula tem, sim, dez dedos e o Brasil ganhou a Copa em casa.
Vou parar por aqui. Já estou até começando a acreditar que Dilma está falando a verdade e que o rio que banha Imperatriz é o Rio de Janeiro.
“No meu governo não existe escândalo de corrupção”. Collor e Maluf nunca ousaram falar isso. Ela é a campeã.