Com a saída do PMDB do Governo, o PT está como um maior abandonado. Sem pai, sem mãe, sem tio, sem tia. Sozinho. Nos atos contra o impeachment, grupos reunidos que não fazem volume ao que já foi visto em eventos do partido. PT: quem te viu, quem te vê.
A estratégia de Lula tornar-se Ministro Chefe da Casa Civil deu errado porque ainda existe gente séria nesse país. As ligações telefônicas que vieram a público, nos mostraram o verdadeiro Lula, aquele velho e grosso torneiro mecânico, que por achar que ainda está nos anos 70, pode falar como deve e com quem deve, da forma que quiser. Ele se apresenta nas ligações como o civil, o brasileiro, casado, de CPF tal, que quer mandar no Judiciário, Executivo e Legislativo. Quis inverter a situação com os seus seguidores, os lulistas, nome dado a todo ser humano alienado pela magia indecorosa do líder petista. Lula não é o réu que tenta condenar o Juiz do seu caso, revertendo uma situação inevitável, irreversível. Ele é o réu que julga o Juiz, quando na medida insensata dos seus atos, chama todos de covardes incompetentes, por praticamente, deixarem a Operação Lava Jato seguir seu caminho. Por deixarem a justiça, fazer justiça.
Mas isso não é o mais preocupante. O mais preocupante, é tentar compreender que entre a oposição e o poder, existe um país. Brigamos por motivos que achamos justos e defendemos nosso lado de acordo com cada opinião contrária. São tantos fatos e argumentos históricos, que parece às vezes, que o Brasil fica de lado em cada discussão inútil. Enquanto uns falam de golpe, outros falam de corrupção. Mas o que o entendimento geral da maioria, atacado a solavancos pela mídia com FATOS, quer entender realmente? Que o PMDB, ao sair da bancada do país, quis dar um golpe para assumir o poder ou foi um ato contra o poder abusivo e corrupto do PT? Não acredito em lado bom nessa história, este é o meu entendimento e o entendimento, que devemos ter. Estamos cercados, ilhados, virando chacota. A democracia que defendo é a democracia da vontade do povo, de não querer mais ser visto dessa forma. Se existe uma lei para concertar a cagada que fazem nas eleições, por que não fazê-la valer? Quando Collor congelou tudo, até pinguim de geladeira se moveu! E um mês antes da votação do seu afastamento, a população pedia sua saída imediata. A última pesquisa do Datafolha mostra que 68% dos brasileiros apoiam a ideia do impeachment. A rejeição a Lula, bate na casa dos 57%. A outra parte dos pesquisados não opinou ou não pensa mesmo. Mas o maior embate é saber o que os brasileiros possam aguardar para um amanhã cheio de mistérios, incrédulo e sem luz no final do túnel. A governabilidade do país está em xeque. A opinião pública execra o PT, mas não exalta quem poderá assumir. Vivemos um tempo em que é preciso pensar no país antes, de pensar em defesa de ideologia partidária. É onde entra o maior desafio do Juiz Sérgio Moro: o de saber colocar ao Brasil, que sabe diferenciar as decisões que podem ser influenciadas pelo lado cidadão da capa preta, ou que ele simplesmente, é o único com coragem de bater de frente com todo esse sistema corrupto, seja lá quem estiver no poder. E a maioria dos brasileiros que apoiam a ideia da renúncia petista, tá certa de que quem elegeu o PT não são as pessoas que leem jornais, mas as que se limpam com os jornais, sabem que a para derrubar é preciso sempre estar de pé. E entre todos esses embates dos partidos e políticos, militantes prós e contras, somente um deve permanecer no ponto alto do mastro: O BRASIL!!!!!
Edição Nº 15572
PT: QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ
Phelippe Duarte
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