Domingo passado eu avisei que estavam brincando demais com a situação alarmante do coronavírus, que continua não sendo nem cerveja nem motivo de publicidade. E agora, Imperatriz vive a tensão e a angústia das outras cidades, ao mesmo tempo em que tenta viver sob as fortes chuvas que abalam suas estruturas. Não consigo enxergar um cenário pior do que esse. Nos anos 80, o surto da AIDS enlouquecia o Brasil. Ninguém sabia como era a transmissão, como seria um tratamento adequado... chegaram até a dizer à época, de forma descabida, que era doença de homossexual, pelo fato de 70% dos casos positivos, atingirem justamente os mesmos. O tempo passou e a doença está na sociedade, como também, não tem cura, apesar de ser altamente controlável. O que quero dizer, é que nem os maiores infectologistas do mundo, sabem exatamente que tipo de coronavírus é este, que ataca tão rapidamente. No mundo das redes sociais, as notícias mais confiáveis são as que menos se deve ler. Áudios, fotos.... a internet é uma fonte inesgotável de fake news.

Nossa cidade está sofrendo. A preocupação de quem perdeu tudo com essas chuvas desastrosas, com certeza não é com o vírus. O decreto do Governador Flávio Dino, que determina o cuidado e a prevenção emergencial de locais com grandes aglomerações, é correto, mas não completo. Fecharam escolas, mas igrejas ( pelo bom senso?) e supermercados, pelo menos até o fechamento deste texto, estavam funcionando normalmente. O Imperial Shopping divulgou nota de que reduzirá seu horário de funcionamento. De segunda a domingo, o novo horário será de 12 h às 20 h. O que também é preocupante. Pela manhã, movimento de shopping é menor, ou seja, irão funcionar em horário de pico.  O impacto na economia é visível, algo que o nosso inimigo, não é. Estamos lidando com um vírus e com tempestades. A palavra quarentena é repetida diariamente. O que me faz citar a quarentena de Jesus Cristo. Se ELE passou por todas as provações para começar o seu caminho pelo mundo, o ensinamento dos seus gestos deve ser seguido, caso preciso for. Jesus andou 40 dias e 40 noites pelo deserto da Judeia, inclusive, ou por coincidência, nesta mesma época. Mal comparando com o episódio religioso cristão, nós devemos no mínimo aguentar as tentações cotidianas e sobreviver aos tempos alarmantes deste vírus impiedoso. Às vezes eu penso que pode ser Deus nos castigando. Somos tão pecadores, que esquecemos de pelos menos uma vez ao dia, pedir perdão. Não que isso bastasse, mas ao menos, reconheceríamos nossas falhas. 

Nunca se pediu tanto o Sol como hoje. O calor que mata o vírus, o Sol que seca as ruas e casas de nosso povo. O maior refúgio é orar, por que se pudéssemos ir para algum lugar, seria para o Sol...

Ei dor, eu não te escuto mais

Você, não me leva a nada

Ei medo, eu não te escuto mais

Você, não  me leva a nada

E se quiser saber para onde eu vou,

Para onde tenha Sol.

É pra lá que eu vou...

Não tem álcool em gel que dê jeito nesses buracos. Não tem cura que dê jeito nessas chuvas. Para todos os efeitos, deixemos o tempo passar. E cuidado. A tempestade de vírus ainda não parou.

Para onde tenha Sol... é pra lá que eu vou. Vamos?

Phelippe Duarte

Administrador e Publicitário