Nesta época de fim de ano, o egoísmo dos egoístas desaparece, dando um ar de hipocrisia, ao menos até o dia 31. Depois as coisas voltam ao normal, no estilo de uma campanha eleitoreira. Mas, acima de tudo, estão os velhos sentimentos que são apenas lembrados e sentidos, aparentemente, no Natal. Em dezembro, ontem precisamente, o amor selou um dos seus mais belos inventos, uma junção meio que esporádica de determinação em unir pessoas. No limiar de sua peculiaridade, o amor causa constrangimento nos egoístas, ferindo a ferro e fogo as causas de uma separação inútil por datas. O que isso quer dizer? Não somos obrigados a amar e dizer amor e paz nos fins de ano. E, ontem, o amor mostrou que sempre está à frente de nossas ações sazonais.
Flávia Martinho, aos proclames que já foram publicados, tem no significado do seu sobrenome questões muito além do que ela mesma demonstra. Martinho significa ligado a família, costuma exagerar nos cuidados a quem ama, àquele exagero bom que todos nós pedimos a Deus, sem os excessos da não-liberdade, mas que é sadio a nós. Pelo que o nome sugere, ela desta vez mostra ao contrário: quando a magia dos nomes afirma que ela sufoca os amores e que, quando percebe-se constantemente na mágoa, recolhe-se até o perdão pedido, hoje, parece ser bem diferente. Martinho, na pessoa de Flávia, ama amorosamente, sempre está acima das coisas mundanas que o mundo oferece e nos compartilha todos os dias, com um pedaço seu, a linda Clarissa. No entendimento da vida profissional, Martinho ainda quer dizer lealdade, eficiência, pessoa que faz da sua bandeira a prudência e a disciplina de um trabalho honesto, digno e condizente com o ser humano que é. Flávia Martinho faz de si mesma a personificação do “eu vivo mais pelos outros do que por mim”. Ela mescla uma atitude totalmente contrária a tantos hipócritas que não assumem o que são e preferem ser pastéis da sociedade. Quando você a vê, já gosta dela por ela defender ao extremo sua família, filha, amigos e amigas. Afinal, quem bate tantas fotos como ela merece ser destaque no mural da eterna felicidade. Mas as pessoas esquecem do típico homem, daquele que tem a sua identidade definida e procura nos amigos apenas o conforto da aceitação de mostrar a sua generosidade amigável. Não confunda com o malandro de sorriso fácil, conquista metaforicamente inocente e do semblante com uma sutil levantada de sobrancelha quando vê que a chapa pode esquentar. É simplesmente um cara que sabe levar a vida com o que a vida traz. Fernando Morais, gente boa demais, é o apelido que o amor usa para se manifestar de outras formas para nós. Para os amigos. Para a sua Flávia Martinho. Dois Fs. Dois Ms. Fernando Martinho, Flávia Morais. Meus amigos que hoje falo, neste espaço do jornal, são sinônimos de companheirismo. Resolvi dar um tempo de política neste fim de ano. Ministro, deputado... melhor falar de amor, de casamento. Esses aí que se explodam nos fogos de virada do ano.
Homenageio, então, estas duas figuras queridas, com todo o amor que tenho para com eles e o carinho enorme que tenho individualmente por cada um. Não poderia terminar este pequeno texto sem antes dizer:
“Quando Fernando decidiu casar Flávia não pensou antes de aceitar.
Brigaram apenas por uma coisa:
Não foi vestido, nem vela, decoração ou canal de TV.
Flávia queria para sempre,
E Fernando, malandro, já teria contratado a eternidade.”
Phelippe Duarte
Cronista, poeta
e padrinho do casal
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