É tão apolítico estar em fevereiro, voltarmos a trabalhar e somente agora nossos políticos, mais apolíticos do que antes, estão de volta ao terno. Ano de eleição e atrás de mais um novo ciclo que deveria começar, a mesma velha história em Imperatriz: quem serão os candidatos? Haverá reeleição?
Seria uma grande novidade se houvessem novos candidatos. Não há como contemplar a tese de que teremos velhas ideias. As mesmas promessas são novas. Revitalizar a saúde, a infraestrutura, saneamento e outras promessas que não me recordo mesmo. Diferente de muitos anos, houve apenas a estratégia, que não sei se vocês lembram, mas essa é difícil de esquecer: Para cada recém-nascido, uma muda de árvore em Imperatriz.
Estamos muito arborizados ou castraram os imperatrizenses? Marcou época nos dois meses políticos de 2008 essa falta de bom senso não-apelativo contra a reprodução humana. Fora as estranhezas e a forma bizarra como outros candidatos se comportam pela cidade, ou como o eleitorado apaixonado pelo $eu candidato não consegue respeitar a opinião alheia. Não se chega no consenso de que todos os partidos políticos querem o bem-estar social. A corrupção deturpou as coisas e isso não se deve ao fato de nós acreditarmos que todo homem que vá à glória do povo será vagabundo. Vamos com calma. O mundo é político, todas as ações giram em torno do poder que a política exerce sobre nós. Deixar-se levar por essa condição humana antiga e funcional é que nos coloca no banco dos temerários. Indago a seguinte questão: Seria racional mudar o sistema em Imperatriz? São décadas de politicagem que trazem os mesmos nomes, os mesmos grupos e as atitudes bajulatórias corriqueiras. Para entendermos melhor: nós somos o que há de melhor em parecermos uma monarquia eterna de velhos nomes. Pintamos nossos reis, como pintamos nossos narizes.
Abaixo de toda esta questão em Imperatriz está o que mais importa no momento, que é a alavanca de força que estamos tendo em tantos segmentos da cidade. Impressiona o fato de indústrias, empresas e superinvestidores colocarem os pés e o dinheiro por aqui. Impressiona e orgulha. Mas temos que escolher as pessoas certas e corretas para comandar-nos. Líderes não nascem com o tempo nem com a insistência de uma vitória nas urnas. Tem no brilho dos olhos o poder de decisão, de guiar-nos ao brio das maiores cidades do Brasil. Espero confiar nos novos nomes que virão. E se, ao que tudo indica no blá blá blá eleitoreiro, os velhos acabarem levando mais essa eleição, que acordem. Será a última chance dada por Imperatriz aos seus nomes para reverter a situação. Não falo que as administrações públicas e executivas, inclui-se aí a atual, foram totalmente devastadoras. Em algum lugar, sempre haverá uma benfeitoria, mesmo que seja em locais privilegiados ou indicados para “elevar a moral do candidato”. Componham-se, cidadãos imperatrizenses! Fevereiro começou para os nossos políticos trabalhadores e janeiro já terminou para nós, meros pagantes de impostos e de salários públicos. Obtusamente, que 2012 reforce todas as esferas de pensamentos das mentes mais audaciosas do nosso certame político. Que inove e não invoque o semblante do poder na hora errada. Pois o que mais precisamos é de líderes e não puxa-sacos do poder. Prefeito, candidatos a prefeito e vereadores de Imperatriz, saibam que mais uma vez vocês estarão na ponta de nossos dedos. E que fique claro: é a última vez, para alguns, que apontamos nosso indicador para suas promessas. “O preço a pagar por tua não participação na política é seres governado por quem é inferior”. Frase emblemática e sensacional do filósofo Platão. E tem um tempinho já, só a.C. Será que teremos novidade não-inferior?
Está na hora de irmos contra o que Platão disse. Juntos, elegeremos o melhor.

Phelippe Duarte
Cronista e poeta