O Brasil é uma piada política pronta. A oposição ao presidente Temer começa a falar em impeachment. O tão famoso caixa 2 foi cogitado ser protegido. Garotinho, o político menor de idade, comete fraudes de gente grande. Sérgio Cabral, até então intocável, mostra-se um bandido de gosto refinado, de paladar apurado e casado com uma mulher que sabe fazer contabilidade. Só não ganhou da Polícia Federal. A mulher de Cabral gastou meio milhão durante dois anos e sempre pagou com dinheiro vivo ou depósitos abaixo do que é levado ao Banco Central. Lula quer lutar contra Sérgio Moro, juiz federal que quer colocar ordem na vagabundagem política do país. Lula acha errado. Diz que o juiz curitibano é perseguidor.
O bom então é bandido solto, deixar roubar. Deixar dinheiro enterrado na grama de mansões, caixa 2 autorizado, vamos derrubar presidente a cada dois meses... 
O Brasil é uma piada política pronta. Com a delação próxima da Odebrecht, empresa que construiu literalmente boa parte da safadeza política no país, a votação que dá anistia ao uso do caixa 2, se aprovada, poderá isentar grande parte dos mais de 300 políticos que estão envolvidos no esquema de corrupção da empreiteira. Inclusive o Estádio de Itaquera, do Corinthians, que, como foi dito pelo presidente da Odebrecht, foi um presente ao maior corintiano de todos os tempos, Lula.
Já Garotinho, o Anthony, se fingiu de morto pra comer alma penada. Malandro, organizava o mensalãozinho e foi preso pela Operação Chequinho. No meio desse inho todo, ele pediu, na cela, leite ninho. A defesa do ex-governador do Rio disse que a prisão é arbitrária, pois as eleições já acabaram, então não há motivo para prender o menino por crime eleitoral. No meu entendimento bruto, quer dizer que se eu roubo uma pessoa e compro um produto com o dinheiro dela e uso o mesmo, eu não posso mais ser preso, por que o objeto foi usado? Um advogado criminal, lendo isso, deve pensar: “esse cronista não entende nada de brechas da lei”. Amigo, eu entendo que o cidadão tem que ser preso. Seja Garotinho ou não. Seja cinco anos antes ou cinco anos depois do delito. Pois alguém saiu prejudicado com isso e a lei deve ser cumprida.
No país da piada, Lula é moda. Vamos falar dos outros. Sérgio Cabral, outro todo poderoso do Rio, fichado na prisão do Bangu, tinha dinheiro vivo escondido em todo canto. Dizem que acharam dois milhões jogados na Bahia de Guanabara, jogados por ele, antes de ser preso. Será que ele imaginou que pegaria depois? Os políticos governam para os pobres e da pobreza irão viver logo. A Polícia Federal e suas operações não acham graça do país da piada pronta. Mas, na visão de Lula, lulistas e agora Garotinho, é apenas uma perseguição fútil, para atrair atenção da mídia e crucificar grandes feitores da política nacional. Heróis imaculados, intocáveis, cavalgando rumo ao horizonte, buscando a liberdade e a salvação para o nosso povo.
Homens como Cabral, Garotinho, Renan Calheiros, Lula, Eduardo Cunha e todos os quase 300 políticos envolvidos no esquema da Odebrecht, que são os donos do furacão político atual, deveriam assumir o que todos sabemos.
“Anistiar condutas de corrupção e lavagem impactaria não só as investigações e os processo já julgados na Lavajato, mas a integridade e a credibilidade interna e externa do Estado de Direito e da democracia brasileira, com consequências imprevisíveis para o futuro do país.” Juiz Sérgio Moro.
No país da piada política pronta, a única graça que existe é o Tiririca.