Todos os dias morrem milhões de pessoas. Mas todos os dias, também nascem milhões de pessoas. A matemática da reprodução não é exata, mas é fatídica ao dizer, que, amanhã, sempre haverá um novo Sol, e por que não, se iluminar com ele? Os raios de Sol, apelidados carinhosamente de ‘’ os braços de Deus’’. Todos os dias temos motivos para comemorar, como também temos motivos para chorar. Todos os dias viraram de fato, horas e minutos, ao lado do relógio, ou da próxima notícia sobre o mundo, sobre o fim do mundo ou o recomeço do mundo. Mas é como venho dizendo: não há vírus maior do que o amor que contagia na alma, e se espalha como uma metástase cheia de pureza e vida. Neste domingo, não podemos ver como um dia triste, nem como um dia alegre. Mas um dia justo e de respeito. Respeitando a dor de todas as mães deste planeta que estão vendo seus filhos indo embora, e sendo justos, em não esquecer que mesmo através de máscaras, sentimos o calor humano de um beijo de mãe. Um vírus não vai me impedir de dar um beijo na minha mãe. Uma máscara, não vai me impedir de vê-la sorrindo pelos olhos, ao ver a mim e meu filho. É como um muro que imagina separar 04 irmãs inseparáveis: Raimundinha, Linda, Tereza e Graça. O muro está ali, há vários anos. Com sua soberba de cimento e sua ineficácia separativa. Os tijolos acham que seguram as orações das irmãs, e pensam que os seus ouvidos não escutam preces e seus lábios não balbuciam orações. Ali mesmo, as irmãs uma em cada pedaço do seu quintal, conversam, oram e sentem o calor e o afeto de cada uma, mesmo com o mundo tentando convence-las, de que isto não é o certo. Mas quem realmente sabe o que é o certo nesta vida? Nascemos, crescemos, trabalhamos, realizamos coisas incríveis, seja para o bem ou para o mal, que deveria ser o bem, e de repente, vamos embora por conta de um inimigo invisível? Não amigos, uma mãe não merece isso. Um filho, não merece ver uma mãe, perdendo para o invisível. Tenho em mim toda a certeza que este dia das mães em meio a esta loucura em que vivemos, não vai nos impedir de viver o amor que temos um pelo outro. Muitas pessoas não precisam usar máscara, pois usam a vida política inteira. Deveríamos nós, usarmos sempre, para nos protegermos de tanta insensatez corruptiva. O sistema pode declarar o fechamento de tudo, menos do nosso amor. Ninguém fecha nosso coração. Seja você antes, que vivia numa quarentena egoísta eterna, e que hoje, tanto faz não ver quem ama, ou seja para você, que está desesperado, querendo apenas sentir o calor humano de quem mais te ama e te colocou neste mundo. Portanto, vá abraçar sua mãe. Seja um minuto, dois minutos, ou meia hora. Vá lá, de um abraço, mesmo dentro de uma bolha, pois uma interrogação paira sobre nossa terra e sem saber o dia em que a dúvida se transformará em exclamação.Devemos viver com todos os cuidados de saúde, principalmente, da saúde do nosso amor maior.  No amanhecer do dia, enquanto o Sol aparece mais uma vez, como em qualquer outra crise sanitária mundial passada, pessoas acordam feliz ou tristes. Enquanto este acontecimento apoteótico vital emana, as irmãs, com as suas orações no muro das incertezas, e não lamentações, tem a única certeza de todas: Deus está ouvindo as nossas preces. Por que Ele dá, e Ele tira. Ele é justo. E este muro, quando tudo isto acabar, pode simplesmente, ser derrubado, mesmo sem nunca ter existido, perante o amor delas. Um feliz dia das mães para todas as mães que estão na luta contra o nada, mas com a batalha vencida, pois quem tem amor, tem o troféu da glória.  Beijem suas mães, até rasgarem as máscaras.

Phelippe Duarte -  filho de Alda Olívia Moreira Duarte, depois, administrador e publicitário