Estes dias para trás, nós recebemos a visita de um anjo, aqui mesmo, na Terra. Um anjinho que veio com a missão de paz, e com uma mensagem simples. Aquele tipo de mensagem que nós esquecemos todos os dias, mas bem no fundo, lá dentro do peito, sabemos que existe a todo instante: devemos amar sempre, mesmo quando tudo dá errado. Pequenas missões dadas por Deus a certos anjinhos enchem nosso espírito de alegria, de uma paz indescritível. São missões curtas, rápidas, de passagem atemporal, onde não cabem discussões egoístas e tristes, apenas compreensão, quando os anjinhos nos deixam. Estas visitas renovam nossa alma. Fazem-nos perceber que a vida não é tudo o que achávamos que seria. A vida pode ser melhor. A presença destes anjinhos aproxima a família, acordam sonham que por pouco não viraram pesadelos... abrange o amor em sua mais alta plenitude e sobrevoa por todas as estações do ano, sem distinção de tempo ou espaço. Sobrevoa, ao som das Quatro Estações de Vivaldi. O anjinho não vem para perder seu tempo ou deixar desolação quando vai embora. O anjinho passa por nossa vida e diz que vai voltar em breve e que todo esse amor que sentimos por sua presença nunca será passageiro. O nome do anjinho que nos visitou chama-se Maria Cecília, com estadia de uma semana na Terra e presença eterna em nossos corações. Maria, a Cecília, foi um anjinho forte que veio pelas mãos de Deus e subiu novamente pelos braços de Deus. Iluminou aonde havia escuridão. Costurou onde havia rasgos. Incentivou sonhos onde haviam pesadelos. Mudou a casa dos pais para sua morada e, mesmo não morando, mudou a casa para sempre. Cecília, a Maria, cativou a todos sem antes falar uma palavra ou até mesmo abrir os olhinhos direito. Acenou mesmo sem levantar as mãos e transpirou, mesmo com dificuldades para respirar. Estas são ações cotidianas do AMOR! Amor, tão esquecido por nós e relembrado nestas visitas inesperadas dos anjinhos de Deus. Podem passar anos, verões, invernos, outonos e primaveras... Maria Cecília nunca deixará de ser lembrada como a filha de Deus que inundou de amor a vida dos seus pais. Estes mesmos pais que terão outros filhos e filhas e saberão que Maria Cecília sempre terá o lugar dela reservado dentro de casa. A menina plantou vida, semeou inspiração. Foi uma verdadeira Vivaldi! Cantando nos corações dos familiares e encantando, mesmo no silêncio da sua rápida vida.
Como disse em poesia, a Cecília, não a Maria, mas a Meirelles, em pequenos versos:
Há pessoas que nos falam e nem as escutamos;
Há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam.
Mas há pessoas que, simplesmente, aparecem em nossa vida...
E que marcam para sempre...
Essa foi a trajetória da pequena Maria Cecília, filha de meu amigo Henry Guilherme e sua esposa Márcia. Uma passagem que engrandeceu não somente a vida dos seus pais, mas fez com que nós percebêssemos que nesta vida tudo o que importa é o amor e que devemos, sempre, amar, sem medo do amanhã. Pois hoje é um dia como outro qualquer de ontem, e amanhã, nunca se sabe se tudo será a mesma coisa. O anjinho nunca se vai...ele fica a espreita, esperando o momento certo de aparecer em sonhos.
Paz, meus amigos. E que nós saibamos que os planos podem até mudar, mas a estratégia continua a mesma. Aos pais de Maria Cecília, que respirem por ela o arzinho que ela deixou. E que amem por ela o amor que ela deixou.
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