Chico Anysio, um dia, me disse:
Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicômio. Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio – maior maldade mundial.
Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matungo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha, margeia mata maior. Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice. Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.
Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, maratonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas. Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista, mãos… Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia meia-água, menos, marquise.
Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda!
Phelippe Duarte, meticuloso, meteu-se:
Mestre, magnífico montador mensageiro. Monumental mito, major maioral. Mentecapto medíocre, mediocrezinho! Magistral mandante mental. Misto maravilhoso, mendigando maiores menções. Muitos manejam menções, merecendo mais. Mestre, mas marcante mentor. Meiguice maquiavélica, mutante moderno. Mutante mulambo, menino, maneiro, momentâneo. Mutante maluco, melindroso, moça maliciosa. Mutante magro, metido, miorzinho. Mutante mil, monobloco montado. Mortes mirabolantes? Menos, mais. Morremos miseravelmente, medindo massas, manuseando mulas. Macacos. Melhor: mãos machistas.
Mestre, magnífico montador mensageiro. Me mande mensagem, mande mais moralidade. Malandragem manda, marrentos migram. Mutante maluco. Meu momento manicômio, mostra medo, mistério. Mestre mutante, mandou muito. Mandou melhorias mundiais. Morte, menos, menos!
Meu Mentor Maioral, mande mais Chicos, multidões de Chicos. Missão mística, mas mande.
Multidões foram Chico. Chico manuseou multidões.
Phelippe Duarte: Mudo mais?
Chico: Mancebo, melhore, melhore mais! Mais mestres morrendo!
Millôr Fernandes: Mentira, morremos?
Phelippe Duarte
Cronista e poeta
Comentários