As eleições presidenciais podem virar um carnaval épico. E não é de abadá ou camarote. É o país inteiro vestido de palhaço e os candidatos avaliando em qual momento aplicar a alegoria de alienação nojenta e mesquinha. A maior falta de senso, de pudor ao pensamento alheio, seria Lula concorrer à presidência, sendo condenado em 1ª e 2ª instância. Um condenado, concorrendo a vaga no Planalto. Entenda bem: um CONDENADO QUER SER PRESIDENTE. Agora, para melhorar, existe um cidadão que, banido por um tempo da vida pública, lançou sua pré-candidatura à corrida presidencial. Fernando Collor. Aquele mesmo, o primeiro chefe da República a sofrer impeachment. No seu discurso (deve ter cheirado llolló antes), afirmou que seria uma covardia ao país a sua não-candidatura em 2018. Eu não compreendo de forma alguma aonde Lula e Collor acham que estão. Ou se, de fato, compreendem e pensam que podem cagar na cabeça do povo todos os dias. Eu, de fato, me surpreendo com tudo isto que vejo e não sei ao certo dizer qual dos dois é mais sem vergonha ao ponto de subir num palanque, um contra o outro, após 29 anos, um CONDENADO e o outro PUTRIFICADO nacionalmente há vários anos, porém intocável em sua cidade natal, Alagoas, como Lula também é intocável no seu reduto.
Collor, ainda sob o efeito do llollo, disse enfaticamente: "Reunir a experiência, a coragem, o equilíbrio e a maturidade é uma dívida que não admite mais moratória... afirmou ainda: Não precisamos de revolução, mas de evolução. Da mesma forma não precisamos de renovação, mas de inovação. Somente assim conseguiremos esculpir o Brasil definitivamente entre as grandes potências mundiais".
A experiência e a coragem de um marginal não são o que o Brasil precisa. E a dívida que não admite mais moratória, por si só, pede mais moratória, em relação à história política de Collor. É uma conta que nunca será paga. Evoluímos quando os caras pintadas tiraram o poder da corja de Mello. Inovamos quando ele renunciou. Seremos potências mundiais se cortarmos o microfone desses bandidos políticos que continuam a infestar a cabeça do povo brasileiro como monte de baboseiras, com discursos como estes, que se são bonitos em oratória, por trás são sujos e doentes como um rato. O governo de Lula para voltar ao poder tem seu alto índice de aprovação pela parte pobre e menos informada do país. Collor já estreou com 44% de rejeição. Os caras pintadas ainda estão vivos Collor. Eram garotos quando você os convocou a gritar pela nação, e ao contrário do que você pediu, vestiram preto e foram às ruas. Lula e Collor são farinha do mesmo saco. Lula e Color são produtos de um país corrupto. A sorte do Lula é que soube administrar melhor a sua áurea de falsa inocência, com frases espúrias tipo: "Sou a alma mais honesta do Brasil", e a mais estapafúrdia: "Em honestidade, somente Jesus ganha de mim". Lula atinge todas as camadas de agressividade ao conceito simples de arrogância. Reinventa em toda sua vestimenta de inocente, figuras como Collor, abrindo espaço para o abismo político entre nossa verdadeira realidade e a realidade imaginária desses corruptos que ainda se veem, como solução para o Brasil.
Lula, na comparação honesta com Collor, também deu sorte de não ter um irmão como Pedro Collor de Mello. Nosso querido ex-chefe da casa da Dinda, e hoje senador, disse ainda pomposo, como é de seu feitio: "Ou o Brasil se programa ou continuará programado pelos grandes atores do mundo. O caminho é ser, ao mesmo tempo, progressista e liberal, com aglutinação dos melhores quadros do país."Na condição de ator, Collor foi o melhor presidente. E nos melhores quadros do país, quem pintou ele e Lula nas eleições 2018 foi o meu Picasso. Portanto, meus queridos eleitores, neste carnaval, usem camisinha auditiva. Protejam-se. Os bandidos antigos estão querendo colocar novamente o bloco na avenida.

Phelippe Duarte - cronista e poeta