Engana-se quem pensa que as Olimpíadas acabaram. Agora é que a corrida pelo ouro começou. E não, não teremos choro pela conquista da prata, nem do bronze. Nas eleições 2016, a única situação que interessa é a de ser Usain Bolt. Ouro, ouro, ouro. Quase um Major Bentes, vivido por Lima Duarte, na novela Fera Ferida, de 1993. Ouro, ouro, ouro. Parabenizo o Brasil pelo evento, mas não por recebê-lo. Parabenizo os atletas sem patrocínio que conquistaram uma medalha e os que têm patrocínio e não conseguiram. Parabenizo a seleção brasileira pelo inédito ouro, mas não pelo futebol jogado. Aplaudo a abertura e o encerramento dos jogos, mas vaio o exagero nos gastos estapafúrdios nesta Olimpíada. As Olimpíadas não param. E em Imperatriz, a corrida começou. Não temos ainda um Bolt, mas tudo se encaminha pra um ouro ou já conhecido pelo povo ou uma daquelas vitórias dramáticas, suadas, tipo a final entre Brasil e Alemanha este ano. Serão seis raias, todas bem ou mal representadas, quem dirá serão os programas eleitorais e as propostas de cada corredor. Apresento-lhes as pessoas que representam Imperatriz nos Jogos:
Raia 1 - Edmilson Sanches
Edmilson Sanches já disputou esta Olimpíada antes e não obteve o mesmo sucesso que o acompanha em suas crônicas, livros e palestras. Com uma aptidão insaciável pelo conhecimento, busca numa campanha sem apoios e com apenas 10 segundos de tempo na TV, apresentar o que pensa e o que sugere para nossa querida cidade. Pensando bem, 10 segundos é tempo demais para uma corrida de 100 metros. Precisará ser mais rápido. Habilidade com as palavras não lhe faltam.
Raia 2 - Delegado Assis
Assis disputa sua 1ª Olimpíada e já de cara, quer o ouro. Em sua 1ª corrida, compreende que em Imperatriz poderá contribuir mais do que antes, dentro das suas atribuições policiais. Na rodada de apostas, passou de um certo nome jogado ao vento para um nome que não terá medo do que vem pela frente. Mesmo que este vento sopre como as velas da família Grael, Assis vem caminhando aos poucos, mas o povo tem em sua consciência uma comparação: a seleção brasileira lutou tanto pelo ouro em tantas Olimpíadas... este pode ser o começo da luta do Delegado.
Raia 3 - Ildon Marques de Souza
Ildão, assim conhecido popularmente, é aquele típico Michael Phelps nas Olimpíadas do Rio de Janeiro: você sabe que ele teve um auge. Sabe que ele é perigoso. Ele vem cheio de incertezas por parte de boatos que rondam sua candidatura aos Jogos, boatos estes que acabarão nas primeiras competições. Mas se sabe que, se ele chegar com braçadas fortes, dificilmente será ultrapassado. Conquistou vários ouros, e agora, tenta mais um, para desbancar de vez todas as dúvidas. A corrida não será das mais fáceis, assim como em 2004. Naquelas Olimpíadas, levou o ouro na reta final. O pisada, como é chamado pelo povo, não costuma andar exibindo medalha de prata. Ele sempre briga até o final, pelo sonho dourado.
Raia 4 - Ribinha Cunha
Ribinha Cunha é o candidato das Olimpíadas que treinou forte para estes Jogos. Treinou a vida inteira para este momento. Não sabe se a preparação fora a ideal, mas exibirá todo o aprendizado conseguido, em 45 dias de disputas. É uma surpresa sua classificação aos Jogos, apareceu no final o seu nome. Não tem a rejeição do povo, como também ainda não tem o clamor do povo. Lutará bastante para conseguir ver no seu peito uma medalha, seja qual for esta. Se levar a dourada, continuará sendo uma surpresa, assim como o vôlei brasileiro em Barcelona, no ano de 1992.
Raia 5 - Rosângela Curado
Rosângela veio da equipe de treinamentos de Ildão. Surgiu nos Jogos de 2012 com uma pequena chance de chegar à final e levou a prata, de forma surpreendente. Desde então, vem crescendo e intensificando suas participações em várias competições, chegando novamente para os Jogos não com o mesmo nome sem força de antigamente, mas já conhecida pelo povo. O que esperar de sua performance é uma incógnita. Mesmo que alguns vídeos indevidos, durante sua preparação aos Jogos, tenham sido jogados nas mãos do povo, nunca saberemos qual medalha ela poderá obter. Mas uma coisa é certa: não será tão inoportuno imaginar que Rosângela fique fora do pódio. Como fez agora a dupla brasileira de vôlei de praia feminino, Ághata e Bárbara, que ficaram com a prata, quando todos acharam que levariam o ouro.
Raia 6 - Sandro Ricardo
Sandro não é conhecido pelo povo. É um daqueles candidatos que disputam os Jogos pelo espírito da competição, pelo que ela pode representar em sua vida. “Eu participei dos Jogos, isso ficará marcado em mim”. Sandro entra na disputa para guardar como uma lembrança forte para um dia contar para os netos que esteve ao lado de grandes competidores e que talvez um dia chegou perto de ser um deles. Quem sabe? O homem é que faz a sua própria história, não a imaginação deste pobre cronista que vos escreve.
Desejo uma grande competição para os seis competidores. Que saibam ser competidores justos, íntegros e inteligentes, sem brincar com a expectativa do público, que espera por um grande show. Público este que paga caro para vê-los e que aguarda ansiosamente a reta final, para passar mais 04 anos com a certeza de que o ouro estará, enfim, em excelentes mãos. Por que de boa, já basta.
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