Phelippe Duarte*

Os filhos de Bill Gates estão morrendo de inveja da herança de Dilma. Lula, o pai, deixou tanto vagabundo pra nossa presidente que essa herança maldita está quebrando todo o governo dela no meio. Bill Gates deveria ter sido nosso último presidente.

É tanta herança maldita que os filhos do P...T se dão bem mesmo deixando de roer uma ponta do osso. Vamos pela ordem cronológica dos assaltos ao contribuinte: O primeiro a deixar deveria ter sido o primeiro a nunca ter entrado na base dos ministérios. Antoni Palocci, o honesto mais desonesto do Brasil, que já tinha caído no governo do Lula, o pai, e voltou com força total, mostrou-se mais uma vez um grande empreendedor das políticas de transferências bancárias. Após 23 dias de crise, ele entregou o cargo que nunca deveria ter sido seu, logo depois de denúncias sobre o seu enriquecimento ilícito ter multiplicado em 20 vezes, entre 2006 e 2010, quando foi deputado e manteve uma consultoria privada. Em 2006 sua empresa alegava patrimônio de 356 mil reais. Em 2010, comprou imóveis na região nobre de São Paulo por 7,5 milhões de reais. Ou seja, o ex-ministro sempre esteve ligado a privada.

O segundo meliante, Luiz Sérgio, depois de estar fritando em cima de denúncias, fez um troca troca de ministério a mando de Dilma, onde nada influenciou na sua permanência. Palocci organizava a paz política de Luiz Sérgio, porém, como a pressão chegou a público em cima de Palocci, com ele caiu seu pupilo. Mais um para a privada.

O terceiro digno e honroso, Alfredo Nascimento, partiu para o que há de mais comum entre desvio de verbas: superfaturamento, recebimento de propina envolvendo servidores e órgãos e até o filhão de Alfredo, fenômeno empresarial, assim como Lulinha teve o seu patrimônio elevado em 86.500% em dois anos. Nem um cidadão, que ganha na loteria da noite para o dia, ganha tanto dinheiro assim. Todo político, se você observar, é um tremendo empresário de sucesso. São Eikes Batistas do ramo, Bill Gates das negociações. Os políticos são profissionais de sucesso. Em pouco tempo, sempre aumentam o patrimônio. Eu os invejo em termos de mercado profissional. Eles são os melhores.

Chegamos ao quarto empresário de sucesso. Nelson Jobim. Se o sufrágio não fosse privado, para ele não faria diferença. Dentro do governo Dilma, Jobim afirmou ter votado em José Serra. Chamou ministro de fraco e cutucou o reserva de Palocci (claro, quem duvida que ele ainda não volta?) dizendo que o mesmo não conhecia Brasília. Apresentando esta simpatia devastadora entre os petistas, Nelson Jobim, ministro da Defesa, ficou sem defesa. Achou que era Ministro do Ataque. E caiu na privada.

Com muito desgosto, chegamos ao ex-plantador de propina, influenciador de lobistas e mestre de obras e desvio de obras: o ex-ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Outra acusação que atingiu o ministro foi a revelação, pelo jornal “Correio Braziliense”, de que Rossi e um de seus filhos, o deputado estadual Baleia Rossi (entendam bem: o povo não elege apenas um, elege a família inteira aqui no Brasil), viajaram várias vezes em um jatinho pertencente a uma empresa de agronegócios. Ele admitiu ter pegado carona no avião. Então, eu quero uma carona também. Será que ele me daria essa carona?

Não sei. Carona pra fora do Brasil.

Dilma recebeu esta herança maldita e tem correspondido à altura. Houve um escândalo, ela manda embora. O que Lula está achando disso? Será que Zé Dirceu sabe o que Dilma anda fazendo? Não sei.

Sei que, como os filhos de Bill Gates, a gente merecia muito mais para o futuro.

*Phelippe Duarte
Cronista e poeta