A família Bolsonaro arrebatou todos os recordes de audiência essa semana. E não foi por nenhuma notícia sobre economia, educação, infraestrutura, saúde, esporte... mais uma vez, a eterna briga entre Jair Bolsonaro e Rede Globo. E analisando friamente, o presidente desta vez tem provas a seu favor. Sim. A Globo noticiou uma história sem se aprofundar. Baseada em disse que me disse, no Jornal Nacional, a Globo envolveu Jair Bolsonaro no caso do assassinato da ex-vereadora Mariele Franco. Em resposta, Bolsonaro também exagerou, não no nível da emissora, mas no nível Bolsonaro que conhecemos. Chamando a emissora de patife e canalha, numa transmissão em rede social (ele adora), ele afirmou que a concessão de trabalho da emissora, terá que estar com seus processos enxutos, organizados, e que não vai facilitar. Não se sabe se no calor da raiva, da emoção, ele falou por falar. O fato é que um presidente não tem o poder total para impedir um veículo de comunicação de exercer seus direitos de liberdade de expressão. Para não ocorrer interrupções históricas na comunicação como ocorreu em vários países, mais recentemente em 2006 com Hugo Chávez, quando mandou fechar a RCTV, a constituição brasileira preserva os direitos da imprensa, até mesmo, quando esta fala bobagens, como a Globo vem fazendo. A resposta da Globo a resposta dada pelo presidente, foi fraca. Mostra a fragilidade da qual o emissora tem perante o governo de Bolsonaro e escancara um incomodo absolutamente visível, quanto a postura do presidente em relação a sua maior força há décadas: o jornalismo. É  no mínimo estranho, o maior jornal televisivo do país dar uma notícia sem tanto esclarecimento por parte das fontes. Você espera notícia em cima de especulação do Nelson Rubens. Seria ele o novo apresentador do Jornal Nacional para 2020? “ok ok ok, mais uma do Bolsonaro, o presidente foi pego jogando baralho com um conhecido, do amigo, que é primo, do tio, do cunhado do Marcos Valério’’  A posição que o Jornal se colocou, é passível sim, da irritação de Jair Bolsonaro, o que também não dá direito ao presidente, de criar devaneios para situações antidemocráticas no futuro. O seu filho, Eduardo Bolsonaro, que mais atrapalha o pai do que ajuda,  com suas declarações impensadas, após todo esse entrevero com a Globo, chegou a afirmar que se o Brasil precisar entrar na rédea por conta de atos esquerdistas, não custaria nada reivindicar o AI-5, que para quem não sabe, foi o ato de inconstitucionalidade mais duro da ditadura brasileira no final dos anos 60, onde o governo, por meio de sanções, governava o país acima do bem e do mal. Algo do qual o brasileiro, não tem saudade nenhuma, vide a quase nacionalização da tortura na época, para quem se oponha ou escondesse algo do mesmo governo. Eduardo Bolsonaro parece uma criança mimada que tem o melhor brinquedo entre todas as outras crianças. Aquele menino que é o dono da bola no campo de casa, o dono do vídeo game. Jair Bolsonaro repudiou a fala do filho. Não como repudiou a da Globo. Mas com certeza, Eduardo Bolsonaro ficará de castigo, sem tv nesse fim de semana. Ou pelo menos, sem assistir a Rede Globo.

Phelippe Duarte – administrador e publicitário