São situações como estas que fazem as pessoas pensarem na ideia de votar em Jair Bolsonaro. Situações como a de Bento, dono da floricultura La Rose, alvejado com tiros na cabeça, quando estava trabalhando. Recebendo flores, foi morto pelo espinho da escória. Assassinado friamente pela falta de motivo, um dos maiores índices de motivação para delinquente. Bento trabalhava ao redor das flores. O bandido quis assaltá-lo, e por bem, achou melhor matá-lo. Na lei de Jair Bolsonaro, um escroto desse merece um fuzil. A família não compreende a fatalidade, os amigos, estão estupefatos, veem tudo abismados. Eu não conhecia Bento, mas eu respeito quem conhece as flores, quem trabalha com elas. E agora elas que vão cuidar dele no jardim mais profundo. Não poderia ter final melhor, mas não era a hora! Não, sabemos que nunca é, porém quando pessoas queridas são arrancadas do nosso seio brutalmente, fica a pergunta: por que não matamos também essa gente ruim?
Somos como as flores. Somos leves, sem maldade. Temos no cheiro a paz de uma manhã ensolarada e no aspecto natural o dom mais belo: as pétalas. Não somos capazes de matar por matar. E os bandidos gostam de nos dar o que neles falta: motivo. É um absurdo encarar uma manhã de quinta com tanto sangue, tanta perda, tanta tristeza.
Outra questão importante é a galera dos direitos humanos. Claro, tem que ter alguém pra dizer que o bandido é bandido pela falta de educação escolar, família que o abandona... o que o pessoal dos direitos humanos tem que entender é que alguns casos não se aplicam dentro da palavra “humano” e que seria ideal apoiar a família que perde alguém assassinada com dois tiros na cabeça, indo trabalhar pela manhã. Quem defende bandido ou quer ou quer se candidatar a algum cargo político. Não tem outra explicação, pelo menos quando se trata de barbárie. Chacinas em cadeias? Se a rebelião for preso contra preso, deixa eles se matarem. “Mas Phelippe, assassino tem família”.
Família é ter amor. Esses vagabundos não têm amor por ninguém. Igualmente a situação do goleiro Bruno, que disse a seguinte pérola: “Se tivesse prisão perpétua e eu pegasse, isso não traria Eliza de volta”. E o que ele ganhou? Um contrato de dois anos com o Boa Esporte, time de Varginha, aquela cidade do ET. Povo lá ficou alien-nado. O time já perdeu 04 patrocínios, mas diz que está fazendo a sua função social. Nitidamente querendo aparecer no cenário nacional, o Boa Esporte poderia ter mandado uma grana pro filho do Bruno e Eliza, do qual o goleiro não queria antes de matar a mãe, e nem quer agora.  Esse menino, sim, merecia um contrato de dois anos e um cuidado especial.
Pra esses casos hediondos, sou a favor de pena de morte sim. A maior potência do mundo, EUA, consegue ter as leis que são um sonho para um país como o nosso, que vangloria o bandido, o malandro e se espanta quando alguém é honesto, educado ou bondoso. No Brasil, ninguém fala de pessoas boas, atos bons. Até novela, agora, tem nome de Lei do Amor, mas só trata de morte e vingança.
Dizem que nem tudo são flores. Talvez para pessoas como Bento, o país era, sim, um mar de flores. Um lugar bom para se viver, trabalhar e conquistar o dia com seu suor, sem hipocrisia, sem mentir ou tratar mal alguém. Levou uma bala na cabeça, porque acreditava ser o melhor a fazer: trabalhar. Enquanto o animal que tirou sua vida por mais nem menos acreditava que lhe roubando teria mais um dia para sobreviver.
Falei igual o pessoal dos direitos humanos agora. Falar de bandido confunde. E deixa até meus dedos sujos enquanto escrevo.