Phellippe
Escalamos a nossa seleção da vergonha. O Brasil entendeu o recado. Dilma tem seu próprio hino nacional: UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUHHHHH. Contagem regressiva para a explosão do grito do povo brasileiro!!!
Joseph Blatter - o chefão da FIFA - mandou um recado: "Você vão ver que hoje, que é o terceiro dia de competição, isso vai se acalmar, será uma competição maravilhosa". Ao grande mandatário do futebol, a falta de respeito a nossa história é demais, ao revelar o pensamento futebolístico impróprio. Blatter não só acredita que a multidão nas ruas irá esquecer tudo isso, como ainda acredita que o futebol, por ser uma paixão, calará a revolução que está pra chegar. Vamos pedir Hospital padrão FIFA para o Brasil. De repente, será uma competição maravilhosa, entre nós e a descoberta de que, quem está lá, são todos nossos empregados na política brasileira.
O craque José Maria Marin, presidente da CBF, despeja a frase mais ridícula e imbecil do Brasil: "Seria preferível se toda a atenção estivesse voltada exclusivamente para o futebol e acho que essa é a preocupação de grande parte do povo brasileiro". Realmente, José Maria Marin, o povo brasileiro anda tão preocupado com o futebol que as manifestações no Congresso são pela convocação do Ronaldinho Gaúcho e do Kaká. Todos revoltados, pois Felipão não levou os dois mascotes da última geração de craques.
Em qual planeta vive o presidente falastrão da CBF? Será velhice lhe acometendo? Ou simplesmente o fato de ignorar a indignação do povo?
O centroavante de Marin, Marco Polo Del Nero, fez este golaço ao trancos e barrancos: "O povo brasileiro é tranquilo (viés de passado). E vai entender que a Copa é um evento mundial. Tem que falar para o povo coisas positivas do Brasil. Fazer a torcida gritar: Brasil. Brasil. Brasil". Deixa que eu redijo o que o povo pode gritar para você, nosso camisa 9 da seleção da vergonha: Cala a boca, Del Nero. Calado Del Nero. Caladinho Del Nero. O maior evento mundial é a corrupção que transformou nossos estádios em verdadeiras obras primas e deixou às mínguas o restante dos problemas seculares do país. Del Nero, se alguém da sua família ficar doente, leva pro Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Lá você encontrará cadeiras de primeiro mundo e gandulas enfermeiros de primeiro escalão. E garanto que não terá filas.
Jerôme Valcke, o papagaio de pirata da FIFA no Brasil, usou um argumento que, sinceramente, demonstra o desconhecimento total deste funcionário de Blatter para com nossa história no futebol mundial. "Espero que não tenhamos críticas ao final da Copa. Tenho certeza de que não haverá críticas se o Brasil vencer a final. É impressionante como lembram da final de 1950. E como querem apagar aquela final".
Bebeto - o eterno camisa 7 da seleção - disse que não entende o seu ex-companheiro Romário. "Poxa, o Baixinho tinha que estar aqui nos apoiando, lado a lado. A Copa é nossa, temos que estar juntos apoiando a FIFA". Bebeto, um símbolo de mini-Pelé.
Tudo isso passou. Todas essas frases e oportunismo. Mas a Copa do Mundo chega com a sensação de que teremos manifestações e ações positivas do Governo. Se não fosse nosso povo ir às ruas gritar, a PEC 37 viraria PEC 100 anos. Eles votam quando querem, investem quando querem, trabalham quando querem, aparecem na TV quando querem. Ou, ao inverso, quando precisam. O Brasil levou a Copa das Confederações. Não vibrei tanto quanto vibrei ao ver o povo pacífico pedindo mudanças. O meu gol preferido foi ver o nosso povo em busca do título da mudança. E estamos com uma mão na taça.
Phelippe Duarte
Cronista e poeta
Edição Nº 14748
Estamos com uma mão na taça
Phelippe Duarte
Comentários