Amanhã será um dia do qual jamais poderemos esquecer. Toda a nossa cidade, mesmo que levando 3 a 0 nas costas, deve comparecer em peso ao estádio Frei Epifânio. Vamos mostrar para o país inteiro que o time de melhor campanha no campeonato também tem a melhor torcida. Isso me faz lembrar que não podemos nos ver como perdedores. Perder faz parte do jogo. Vencemos quando chegamos em transmissão nacional pelo Esporte Interativo, que narrou o jogo com o mesmo profissionalismo com o qual narra um jogo do Real Madrid. Gritaram gol do Moto 3 vezes, com a mesma intensidade que gritaram com o gol de bicicleta de Cristiano Ronaldo. Me deixa feliz saber que grandes emissoras olham com carinho para nós. Somos vencedores. Nosso Cavalo não é de aço, é de sangue. Temos que olhar para a frente, mesmo sabendo que o passado nos condena em gestão esportiva. Os mistérios que envolvem a administração do Imperatriz são esquecidas pelo futebol bem apresentado pelo time. É preciso estarmos mais atentos. Temos potencial para irmos mais longe. O time sofreu no Castelão na última quinta-feira, mas entra em campo novamente amanhã, sabendo que todos os problemas extracampo devem ser deixados de lado. É difícil, eu sei. Se pudéssemos usar os embargos dos embargos, como Lula faz todos os dias para evitar derrotas... Mas é do jogo. A esperança de empatarmos esta final sobrevoa o céu como a bandeira hasteada sobre a cabeça da torcida, indo e voltando, para lá e para cá, ao som da eterna charanga. Se eu fosse dar uma preleção aos jogadores, mostraria a final da Champions League entre Liverpool e Milan, na temporada 04/05, onde o time italiano faz 3 a 0 no primeiro tempo, deixando o time inglês empatar no segundo, e levando a melhor nos pênaltis. Não quero que Adauto se veja em um Gerard ou em um Kaká, que comandaram seus times nessa final. Quero que ele saiba que é possível reverter uma situação complicada, mesmo quando não temos mais saídas. Que Jr Chicão não observe Hernan Crespo, autor de dois gols naquela final pelo time italiano, mas que observe o sentimento dentro de si, que feche os olhos e imagine que qualquer cabeçada pode decidir um jogo. Falaria ainda na minha preleção, meio improvisada, que só podemos usar a palavra desistir quando conjugamos a mesma nos pronomes da vida. Jamais poderemos usar esta palavra enquanto o apito final não foi ouvido. Desistir é para os covardes. Nossa camisa não tem o peso de um uniforme inglês ou italiano, mas tem o peso dos corações dos nossos guerreiros e carrega o ímpeto inflamado de 10 mil pessoas, que representam mais de 300 mil, em nosso estádio, a partir das 18h30. Sinto que podemos vencer. Sinto que as duas bolas nas traves que acertamos no Castelão vão entrar amanhã. Que me perdoe Rodrigo Ramos, goleiro que já está na história do nosso Maranhão, mas eu quero ver a bola no fundo da rede do Moto. Precisamos disso como time, como cidade. Que nosso embargo dos embargos seja nossa fé em vencer. Que nosso habeas corpus nos livre de qualquer ideia má intencionada de derrocada.
O cavalo vem marchando
Na estrada desconhecida
No galope ao som da vitória
No silêncio da derrota vencida.
Vamos Cavalo! Aqui é Aço, é SANGUE.
Vamos vencer.
Ah, eu não falei do Lula né?! Apenas citei.... Eu quis mesmo falar de derrotas que têm possibilidade de vitória. Nada mais do que isso, e nada mais do que justo. Afinal, o cavalo do Lula já não tem mais forças para andar.
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