Ausência. Palavra que você não conhece até sentir falta. E como você não sente falta do que não existe ao seu redor, então a palavra ausência não aparece no seu vocabulário. No dicionário, ausência significa: afastamento temporário de alguém do domicílio, dos lugares que frequenta. Nos termos jurídicos: desaparecimento de um indivíduo de seu domicílio, reconhecido como tal através de sentença judicial. Nas palavras da cantora Marília Mendonça, ausência quer dizer sofrência. Mesmo sendo, meia ausência.
A sofrência de Marília Mendonça reflete no que o povo brasileiro não conhece, mas é acometido na ausência dos políticos eleitos. Omissos e descompromissados com o país e com as pessoas que votaram nas suas promessas de sempre, deputados e senadores tem registrados entre os anos de 2015 e 2018, quase duas mil ausências na sessões plenárias do Congresso. Do total dessas faltas, 670 não foram justificadas, isso de acordo com a ONG do Ranking dos Políticos. Que ranking magistral hein? Não me surpreende. Ranking de político no Brasil só poderia existir pra falar de cagadas feitas por eles.
O campeão de faltas é o deputado Mendes Thaeme, com 154 faltas, sendo duas não justificadas. Eu não imagino qual a justificativa para 152 faltas. Jogar golfe? Viagem ao exterior para dar apoio aos laços internacionais entre Brasil e o comércio estrangeiro? Já sei! Furou o pneu do carro do auxílio locomoção... O vice-campeão de faltas, Guilherme Mussi, com 146 faltas, 48 delas justificadas. As outras 98 faltas não foram justificadas porque a bateria do celular dele acabou. Iphone viciado. Morra Apple!!! O terceiro mais faltoso é um homem que veio das raízes do sertanejo. Sérgio Reis, com 105 sessões, somente 50 justificadas. Mas essa é fácil: deveria estar consertando as goteiras de sua casa. Pinga nele e “ni mim” (povo brasileiro) até hoje. O exercício do mandato após eleito é mais fácil do que saber para quem um pobre que recebe Bolsa Família vota. Ganhou, pode faltar e justificar. Fica ali na maciota. Duvido que o povo que os elegeu fica ligado atrás de saber se estão lá no Congresso. Depois de anos, o sujeito aparece dizendo que aprovou projeto de lei, que fez lei disso, fez lei daquilo, que xingou um, mandou outro cala a boca, eu sou isso, sou aquilo... enfim. A verdade é que depois de eleito, são 04 anos garantidos em salários e outros benefícios. No período das ausências citadas, as cotas e verbas indenizatórias dos políticos citados, somaram R$ 88 milhões. Isso de acordo com o famigerado Ranking do Político. Será que existem outros tipos de Ranking Político? Que tal o de maior corrupto do país? Disputa acirrada. Que tal o de maior cara de pau do momento atual? Deve ir pro Garotinho, que teve a candidatura ao Governo do Rio de Janeiro cassada, e diz que sofreu uma violência por parte da justiça. Garotinho... você sim, deveria ser ausente. Nem precisaria justificar suas faltas. Apenas desaparecer, ficar lá pertinho do Sérgio Cabral... que sabe você não cresce dessa vez?
Por incrível que pareça, o deputado mais assíduo é o dono do nosso tema do domingo passado. Tiririca nunca se ausentou. Mas podemos dizer fisicamente. Porque, como político, nunca apareceu por lá. Portanto, caros simpatizantes do sufrágio 2018, fiquemos atentos em quem votar e por que votar. Eles somem dizendo que estão trabalhando, e também aparecem, num piscar de olhos. Cuidado com as ausências que vocês não sentem falta.
Pois a única ausência que eu curti até agora foi a música da Marília Mendonça.
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