Poema:
Era noite e eu senti uma estranha coisa batendo. Era o lindo e saudável coração da minha mãe. E ela disse: filho, você sentiu meu coração? E eu disse: Mãe eu sinto que te amo muito mesmo e não vou te largar nunca mais. Seu peito lindo como uma ave voando no céu bonito, adoro você, amo, adoro e te quero bem no meu coração do peito. O meu peito bate forte, chamando você de amor da minha vida do meu coração. Eu amo você com carinho, felicidade para amar nossa família.
05/05/1992. Phelippe
Estas foram as primeiras palavras que escrevi para minha mãe, com apenas 7 anos de idade. Ao longo dos anos, várias poesias, textos e declarações saíram de mim como uma bala, rápida e certeira. Mas este pequeno texto acima, é o que mais me emociona. Não são as frases meio perdidas, ou a falta de controle textual. Mas a emoção que um menino de 7 anos consegue transmitir. Eu lembro exatamente e detalhadamente, como e quando escrevi este texto. No papel que até hoje minha mãe guarda, que é uma xerox do original. O original, tinha o texto centralizado em um grande coração, pintado de vermelho. A primeira vez que escrevi para alguém, foi para minha mãe. Não poderia ser diferente. É o amor puro, na sua mais completa forma de ser. Passados 27 anos deste texto, eu vejo como o tempo é o único invencível nesta jornada. Ele é implacável. Relendo os textos que fiz para minha mãe, todos bilhetes em papeis amarelados... hoje, nós mandamos um eu te amo pelo whatsapp, com coração e um negócio amarelo com outro coração na boca. O tempo é outro, e continua, letal. Me bateu uma vontade de escrever em um papel novamente, com a minha velha grafite amarela... mas mãe, eu tenho uma coisa pra te contar, desde o dia 05 de maio de 1992:
Para mim ainda é noite. E eu ainda sinto uma coisa estranha batendo. Vejo que seu coração continua lindo e saudável. Ainda escuto você me perguntando, se eu sinto seu coração. E continuo dizendo que eu sinto que te amo muito, e que não, eu nunca te larguei. Apenas segui os passos que um filho segue na vida, que o meu filho, também vai seguir daqui uns anos. Mas eu nunca esqueci seu peito lindo, que voa como uma ave num céu bonito. Eu te quero muito bem. Meu peito ainda bate forte, e você minha mãe, é o amor da minha vida desde sempre, e tu és a força e a felicidade da nossa família. Por que no meio desse caminho, você se transformou em mãe e pai. E nos seus olhos ainda somos aqueles 03 meninos, enlouquecendo a casa, loucos para que o tempo não tivesse passado tão depressa. Eu te amo muito meu amor.
12/05/2019. Phelippe
Minha mãe, Alda Olivia Moreira Duarte Santos, é sobretudo, o que todo filho precisa ver em uma mãe: o amor puro, que te defende até de você mesmo. Forte isso não? É AMOR, meus caros. Somente amor. Feliz dia para a dona de todos os dias.
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