Chegamos em mais um daqueles dias onde o voto pode mudar o rumo de nossa cidade. A disputa em Imperatriz teve como marca profunda cada candidato no seu galho. Poucas ameaças, poucas desavenças. Cordialidade quando se pedia e até quando não se pedia. A incógnita que fica é a de sempre: quem vai levar a disputa?
As pesquisas internas, de cada candidato, sempre mostraram a realidade que cada um precisava ouvir para seguir adiante. Um jogo político conhecido, mas que carrega um fundo de aproveitamento e maldade. Os 45 dias foram sadios. A Justiça Eleitoral, firme, e com suas novas regras, impôs um autoritarismo necessário, urgente. Claro que não tem como segurar a famosa boca de urna... mas dá sim, para se ter uma eleição justa e digna, de acordo com a lei. E todos os candidatos, estão sim, dentro da lei e aptos, para concorrerem hoje à Prefeitura de Imperatriz.
Pelo Brasil afora, me assustaram os assassinatos de candidatos a vereadores e a prefeito. O assassinato de Zé Gomes, que disputava a Prefeitura de Itumbiara no Goiás, casou uma perplexidade angustiante. No melhor estilo Lee Harvey, assassino do Presidente americano John Kennedy, Gilberto Ferreira desceu do seu carro e no meio da carreata disparou várias vezes contra o candidato, que morreu na hora. Matou ainda mais uma pessoa e mandou mais duas pra UTI, entre eles o vice- governador do Goiás. Fez um serviço mais pomposo do que Harvey, mas não menos violento. No mesmo momento, os seguranças de Zé Gomes, mataram o assassino de 53 anos. É de deixar o país pasmo, com tamanha frieza, crueldade. As pessoas perdem a linha por segundos e no segundo à frente, a consequência é a morte ou busca incessante por ela.
Lembrou a época do “ou vota em mim ou te mato”, do antigo coronelismo. A tendência é que nunca acabe. Me arremete sempre a lembrança fatídica do meu tio Renato Moreira, que agora no dia 06 de outubro, completarão 23 anos do ato mais covarde da história política do Maranhão. Uma mancha que será eterna na política da nossa cidade, no chão do mercado, no cheiro das nossas ruas. Passar ali é lembrar não somente que uma vida foi interrompida, mas os planos de uma pessoa que iria mudar a maneira de como fazer política em nossa Imperatriz. Pé no chão, camisa no ombro, bermuda. Um Prefeito que tombou como viveu: humilde, em pé.
Nosso foco passa por hoje e não poderá se dispersar. Temos novamente na ponta dos dedos a chance de fazermos o melhor para os próximos 04 anos. Chega da mesmice, da hipocrisia, dos sanguessugas. Chega dos calhordas de plantão. Imperatriz merece mais, pela sua história, pela sua tradição acolhedora.
Votar errado, amanhã você se sentirá como nosso querido rio Tocantins. Seco, mergulhado num profundo descaso de poluição. Quem olha pelo rio, olhará por nós? Quem pode deixar um dos mais belos por do sol do Nordeste, sem o toque do Sol? Meio ambiente é coisa séria. É o ar e a vida ao nosso redor. Exatamente por isso imperatrizenses, que o seu voto hoje, pode encher novamente o rio Tocantins. Pode fazer com que tudo seja nosso de novo. Do povo. Da nossa Imperatriz. Por que política é mais do que voto. É feita, para as pessoas.
Um domingo abençoado a todos.
Edição Nº 15723
02 DE OUTUBRO, O DIA DEPOIS DE AMANHÃ
Phelippe Duarte
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