Chegou a hora de vaca desconhecer bezerro... Novilho manso mama em todas as vacas... Carnaval vem do latim (carna vale), que significa dizer “adeus à carne” - linda esta metáfora... O tempo da libertinagem.

Todos os aderentes da “folia”, passageiramente, são dotados de riquezas, muita saúde, o corpo preparado para o grande molejo momesco.

São garrotes, bezerras, cabritos cabritas soltos sem cabrestos para pastarem à vontade; praticarem qualquer tipo de relação afetuosa nesses cincos dias de agonia festiva, de dança rápida e animada e com sabor e efeitos pegadiços.

O saracoteio é grande; os motéis tem que fazer reservas; as farmácias e drogarias todas abastecidas do “azulzinho”, para que os coitos não passem vergonha com a exposição libidinosa aflorada das perseguidas.

As UPAS e SOCORRÕES de prontidão para atender aos desmaios e vertigens, muitas das vezes, consequências do uso exagerado de “Viagra” e/ou doses excessivas de álcool e drogas.

Mas, o que chama atenção nesse período de “orgia” é a música que fala o idioma de tudo isso, capitaneada com as próprias mazelas...

- Mamãe eu quero, mamãe eu quero... Mamãe eu quero mamar!

Que coisa mais identificatória como este refrão; com nove meses, os bruguelos chegam prontinhos para mamar! Para o aproveitador de sua bela rameira, (após festança), chega à notificação de pensão alimentícia...

Se o garanhão for desimpedido é só pagar. Agora, se o amancebado de quenga, for casado; e por está embriagado de amor; é possível enfrentar uma separação matrimonial... Ou repousar numa cela se der para trás.

Como a vida é um carnaval... E com a força do adeus à carne! Que acontece ano a ano. Libertai-vos para mamar! Só que, a lactose é braba! Para os intolerantes.

Quando chega a Quarta-feira de Cinzas... Depois do pó derramado, sem mais jeito... Gata prenha... Cartão de crédito estourado... Vem o momento de reflexão, passando por sua cabeça os momentos frágeis da vida de farrista... E agora? Cadê o peba tá no buraco, tá no de cima, não, tá no de baixo...

Essas foliãs são assintomáticas, com efeitos da Cannabis sativa... Ninguém segura... É só amor! E os abirobados choram depois de  fazer todas essas baboseiras... Mas é um lamento tarde demais...

Aí se faz de inocente. Vai a Igreja para a prescrição religiosa - a quaresma - todo contrito, para o repleto jejum.

Muitos avariados; como resultância da carne mijada; degustada com o garfo do pecado... Nunca pairou para avaliar o tamanho da reima que a bicha é capaz de fazer... Não tem caldo de galinha que dê jeito.

Que alegria seja contagiante a todos os brincantes, com suas meras exceções – tem gente que gosta tanto de Carnaval, que vive o ano inteiro de MÁSCARA.

                                                                          MUITA PAZ!