Procurando interpretar o conteúdo cinematografado que momentaneamente reprisa nas cabeças das pessoas como coisas ruins e/ou lugar de azar, pelas consequências dos desmandos espalhados.
O nosso amadíssimo quinhão é sempre alimentado com aquelas cantilenas (cantigas) de que brevemente serão concluídas – refrão dos poderes públicos, que por sinal são exímios trovadores da ilusão, prometimento e da enrolação.
Pois é! Aqui no solo de Procópio existem três cabeças de burros enterradas – batizadas com o verdadeiro fisiologismo público (esperando a troca de favores) para cumprir com o que foi arquitetado. Pelo visto, só com atuação de um “EXÚ” encorpado para resolver todas essas pendengas.
Vejamos o primeiro despacho: Mercado do Peixe – o prédio que tinha não era essas coisas, mas, pelo menos para os poucos pescadores que vivem dessa profissão, tinha onde guardar seus apetrechos e produtos.
A mando do poder público que ostentava uma brilhante estrela solitária no peito, determinou sua demolição para a construção de uma nova sede apropriada e higienizada, e que os apiedados pescadores dissessem bem forte: “Quem vive da pesca, festeja o novo mercado do peixe.” Não custa nada sonhar.
Como o então mandatário foi reprovado nas urnas seguintes, teve que mudar de técnico. Só que o seu substituto sofre de intolerância digestiva a peixe; e seu zodíaco, o signo é “peixe”... e por não gostar de animais aquáticos, deixou a obra como a encontrou, sem pé e sem cabeça. Tem repulsão a carne de pescado!
A insonolência tem perturbado muito o presidente contínuo da sofrida colônia. Mas ressurgiu nova esperança, chegou outro comandante devidamente benzido pelo “preto velho”, com o corpo imune das asneiras prometidas e deixadas incompletas.
Formalidades processuais prontinhas; firma contratada; bispo ministro veio aqui abençoar e sagrou o local do bendito mercado. Dinheiro repousando no banco oficializado, aguardando o sinal verde para o início do projeto/construção.
O presidente colonialista, depois de toda essa simbologia, ficou muito contente e sorrindo fulgurantemente... foi até na missa agradecer a Deus.
Ulisses Guimarães pregava sempre essa frase: “Sou louco pelo poder, seduzido pelo poder, e para isso que eu vivo.”
E assim são todos. No frescor do mandato com toda a excitação de vontade de fazer, os maltratados pescadores uníssono falaram: “agora a coisa vai!”.
Só deu tempo de cercar a área com folha de zinco. Descobriram que o estudo de solo do terreno não foi feito, portanto (para-se a obra). Agora, durma com uma zoada dessas?!
No momento não vai continuar o levante da edificação, porque vai faltar dinheiro. Um dia de são nunca de tarde, provavelmente, será reacendida essa perspectiva, com o comando de um novo técnico vindo das próximas urnas.
Segundo despacho: Estrada do Arroz – esse é o tipo do projeto para enganar trouxa, babaca, ou seja, é um fardo de promessa... é bom que se mude o nome para: “era a Estrada do Arroz” - até porque não se encontra mais um pé de arroz para “pardal” comer. A primeira assertiva era quando aquela região produzia com fartura esse tipo de grão nos anos de 1980.
Terceiro despacho: Penitenciária de Imperatriz – se essa região chovesse muito, com certeza as alvenarias daquela obra já teriam se desmanchado todas, pelo tempo que aquela carcaça está abandonada.
Esperamos que o próximo técnico venha do terreiro de “pajelança”, com o título de curandeiro pesado, com possessões diabólicas por meio de rezas e magias. Para colocar esta cidade sob os auspícios dos mestres umbandistas... é a única esperança que resta. Não custa nada arriscar.
Não deixe de fazer seu despacho para proteção de todos... Apimente-se!
Tchau! A fé em Deus nos faz crer no incrível, ver o invisível e realizar o impossível.
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