Exatamente quatro de janeiro de dois mil e dezesseis, às 04h40, na Avenida Moacyr Spósito (Aeroporto de Imperatriz), deparo-me com aquele sorriso acolhedor, aplicando falta nas minhas ausências nas caminhas matutinas... Quem seria?
O poeta, o prosador, o contista Francisco Itaerço Bezerra me presenteou, no alvorecer desse dia, com o último lançamento de seu livro intitulado: ENCONTRO ENTRE POESIAS E CONTOS – uma obra realmente cultivada com a semente do saber, para que o leitor se sinta prazerosamente bem em lê-lo um dos seus últimos lançamentos. Vale a pena!
Como não sou tendencioso à poesia, simplesmente sou um escrevinhador e leitor, tenho como conceito de que o poeta é como príncipe das nuvens; recria constantemente por meio de palavras, versos e prosas, seus sonhos e suas ficções.
Essa convivência prova tudo isso; o efeito emotivo do que falamos, parodiamos, conceituando vários pontos de vistas, faz mostrar o tanto que o poeta é despido de vaidade na sua trajetória literária, profissional e familiar, pra quem o conhece, e extraída de sua própria confissão.
Como usufruto da pureza da alma, da humildade e da grandeza, da supremacia, da opulência cultural; é a pura naturalidade que a vida lhes projetou como fonte inspiradora. Parabéns! Poeta.
Comecei a ler seu livro. Não me contive quanto ao presente recebido. Ao cair da tarde, lembrando sempre da condensação do orvalho como a deusa derramando suas lágrimas na extensão da aurora...
Fui à geladeira, apanhei uma garrafa de vinho, por sinal com o nome de “AURORA”, degustando-o uma taça, entendi em escrever este texto, como forma de agradecimento e contemplarmos, também, com a claridade que aponta no começo das manhãs, antes do nascer do sol.
Tantos outros contistas que nos rodeiam e alegram no percurso, trazendo aquele efeito doce e muito agradável, com o sentimento de estar suave, bem tranquilo, paz e sossego da alma. Como uma verdadeira prevenção à saúde pessoal.
São vários, de todas as castas, tornando-se os exercícios tão contumazes, porém o mais importante é adquirir o hábito. Venha fazer parte deste grupo!... Todo dia a mesma hora... Muito cuidado com a falta.
O local que percorremos neste horário, onde ouvimos os tristes cantos dos “sabiás”, os provocantes estridulares dos “bem-te-vis”, os roncos das turbinas dos “aviões”, que chegam e saem, sonorizam o ambiente trilhado por todos seus adeptos. Ó! Coisa boa que acho.
No momento em que o poeta Itaerço cita na (Nota do Autor) do livro em epígrafe, o nome do menestrel: “Fernando Pessoa” – aproveito para finalizar, também, o aludido conteúdo, expressando o literário português, quando disse...
“O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor que deveras sente.”
Bons fluidos para o NOVO ANO!
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