Quando anunciamos certos vocativos representando a expressão apelativa de chamar atenção do leitor na contextualização dissertada – por exemplo: A Simbologia das Pererecas (dentárias) na boca de um provinciano qualquer... como fato e seus efeitos.
Nesse caso, entra a figura do falso dentista (charlatão) sem formação para o exercício profissional na área de odontologia.
No povoado “Espoca-Bode”, lá pras bandas do antigo estado de Goiás, que campeava esporadicamente esse tipo de trabalho, em que os pobres coitados os chamavam de doutor dentista.
O figurado protético atendia aos ribeirinhos em sua canoa tocada pelo um motor tipo rabudo, trazendo no banco do meio sua pasta com seus apetrechos cirúrgicos para reparar os defeitos dentários como (a dor de dente) comumente mais encontrado e doloroso.
Muitos pacientes perdiam seus incisivos, caninos, pré-molares e molares, pelo reflexo da própria dor do dente – indicava o que estava doendo e extraía outro, e assim era o procedimento do intitulador profissional.
Arrancava os corpos fixos e duros das mandíbulas sem piedade; qual seria a solução para depois?  Preparavam-se as “Pererecas” para substitui-los.
E assim, o doutor dentista continuava sua peregrinação do “Espoca-Bode” até os limites máximos da circunvizinhança ribeirinha. Cada trabalho executado tinha seu preço. Quando faltava dinheiro, pagava-se com viveres (galinhas chocas com pintos, patos, leitoas e/ou produtos alimentícios). De graça é que não ficava.
Num desse tratamento para corrigir as partes superior e inferior da boca de um trabalhador da roça que tinha os dentes acabados pela gosma do fumo/rolo de tanto mascar.
O experto artífice em dentição deixou o roceiro todo (desbanguelado) e fez a reposição com duas pererecas, cobrando pelos serviços de acordo a possibilidade financeira que o cliente dispunha naquela época.
Como o paciente não tinha real ($) para pagar as atividades de profilaxia que o operário da saúde bucal executou, propôs-lhes como pagamento com os seguintes objetos: uma porca, dois leitões, três sacos de carvão de pau pombo e um saco de fava verde.
O paciente, de posse das pererecas que não podia rir, quando o fazia, as anfíbolas pulava da boca pra fora, motivadas pelos moldes feitos com tamanhos maiores que as arcarias dentárias naturais. Uau! Santa Apolônia.
No lugar de implantar 32 unidades, colocou 34 dentes (aumentando um molar e um pré-molar). Bão, né?! Prontinhos e afiados para cortar até garrão (rejeito) de perna do boi, se quisesse... palavras do doutor dentista.
Mesmo assim, fez a correção, adicionando uma porção de “breu branco com cola de sapateiro” pregando na boca do infeliz cliente. E ainda, disse: “Agora você pode até cortar rabo de raposa com os dentes para fazer cambo de peixe.” Olhe o prejuízo que os programas das pátrias mentirosas têm sempre trazido para esses infelizes!
Como sumarizou o colunista americano Roberto Samuelson: “A guerra contra a pobreza acabou, e os pobres perderam”.
Apropria-se muito bem para os desfavorecidos varonil/brasileiros ludibriados pela enganação federativa... dando-lhes uma banana bem gesticulada para todos. Aguenta seus bestas!
Feliz domingo a todos. E muita paz para os mortos no Dia de Finados, que descansam para a eternidade.