- Como a saudade eterniza a presença de quem se foi com o tempo – resta o contentamento saudosista - devido ao encontro final, com a prática do futebol de salão, ou seja, as lembranças dissiparam e que não voltam mais.

1976 (quadra poliesportiva do SESI), quando os chegados  quarentões se reuniam de segunda a sexta-feira, a partir das 19h, para o bom exercício desse esporte preferido.

A escolha dos times era feito no “par ou impar”, com a duração de 20 minutos corridos de partida, até porque tinham várias equipes. O vencedor continuava em quadra até perder.

Tudo era feito com sentimento positivo, sem agressão e ofensas pessoais; muito pelo contrário, envolvia-se muito com a solidariedade dos coparticipantes... Ninguém falava da mãe do outro.

O que tinha muito eram apelidos: grampola, couro de preguiça, palmo e meio fora o vermelho, venta de sunga, gato de armazém, bodão, macaco-mole, pote, cara de piçarra, estropício, canela de jacamim, soim...

Pasme! Nostálgicas foram as inesquecíveis defesas do goleiro Mucura!... Muitos já foram para quadras infinitas do Oriente Eterno.

Era um verdadeiro prazer. Não tinha nada escrito e/ou registrado em cartório, fazia desnecessário de tais formalidades.

As sextas-feiras, depois das atividades esportivas, reunia-se num boteco situação na Rua Aquiles Lisboa, depois se mudou para a Rua Maranhão, aí rolava (cerveja, churrasco, música ao vivo) até certas horas da noite.

Com a capacidade de realização, não se tinha informação que na cidade acontecesse uma confraternização de final de ano, igual a dos peladeiros...

Tinha de tudo, organização, música ao vivo, comida de primeira qualidade, alegria contagiante e estendida aos seus familiares e convidados, sem ônus, com demais iguarias de diversas espécies até a exótica.

Mas o tempo tem duração que determina períodos, épocas e séculos... São mutáveis... Encarregou-se de encerrar toda essa sinergia associativa, e dando-lhes somente o poder de “Ter Saudade dos Velhos Tempos”.

As ações foram por etapas, sintetizando que existia o endeusamento de grande afeição, simpatia apreço entre as pessoas.

São fatos, hoje, inexistentes, de ser amigo, companheiro e camarada... A desunidade e o estresse sucumbiram à força, o ânimo tolerância e o bem-estar... triste fim.

Na modernidade presente se tem constatado que as raízes sociais, trincaram tanto que a desigualdade adiantou os limites, não há mais equilíbrio no padrão de vida do ser humano, até no lazer.

Respeito: significa dizer (atenção ou consideração) – é uma premissa essencial para que se viva em harmonia. Somente isso. Não! O que mais se presencia infelizmente - desunião e desavença.

Certo estava o filósofo grego Sócrates quando ditou sua célebre frase: (“Só sei que nada sei’”.) para exprimir a aclamação da própria ignorância...

(“”) O reconhecimento é algo importante, por valorizar o esforço que fazemos na vida... A consciência é a estrutura das virtudes.

                     Que esse fim de semana seja abençoado!