É um projeto novo, ainda em fase de germinação, que será edificado nas cercanias do velho e conhecido povoado Jatobá, à beira do rio Tocantins; muita gente graúda adquirindo chácaras para praticar seu lazer, acompanhadas da luxúria momentânea.
Então já surgiu a bela ideia de se construir uma casa noturna para exercitar o “Dancing Days”, intitulada de Repiau Unicórnio.
Por que a esquesitice desse nome?! Aquele povoado tem toda uma estória mitológica. Contam os antigos moradores que um animal que tem forma de cavalo, geralmente branco com um único cifre na testa, desfilava sobre as areias cristalinas da Praia das Gaivotas.
O mais importante é que a presença do unicórnio acontecia em plena lua cheia, deixando todos os curiosos com os corpos arrepiados.
As gaivotas ficavam naquela grande agitação, em pânico, com a presença daquele animal cavalgando na extensão da praia, paulatinamente, relinchando e assombrando também os ancestrais pescadores de tapiacas.
Com o advento de novas perspectivas, os futuros moradores (autônomos, profissionais liberais, políticos) estão idealizando a construção de uma casa noturna às margens do rio, com a frente para a belíssima paisagem da Praia das Atis (gaivotas).
O teto da boate terá o formato de uma tarrafa aberta para simbolizar a naturalidade da região. A iluminação interna será feita por candeeiros para lembrar os velhos porongos. O palco todo em sarã, representando poleiros de pacu-manteigas.
Os recursos para o custeio da hipotética obra serão buscados através de doações das partes interessadas; o monólogo será feito por um ambientalista fincado naquele torrão e conhecedor de palpo a palmo daquele chão.
Já está programada a realização de um bingo de um jumento e uma égua “espuleta” parideira, para o próximo ano, regado com “gengibirra” para o deleite de todos, com tira-gosto de ova de sardinha gata.
O estatuto está sendo elaborado por um provisionado em direito de promiscuidade, portador de um baú de criação, para contemplar toda a devassidão sonhada.
O número de sócios vai ser limitado, e seu funcionamento será de porteira fechada, sem penetra e sem disse-me-disse... Vai ser uma coisa de louco!
A casa é sui generis, um ambiente pervertido, sem frescura, para dar um toque diferenciado para os jatobainos, que tem mais mulheres do que homens.
Fique de olho: não tenho nome, eu tenho sede, alimenta tua fantasia... Venha!
Não dance para passar o tempo, mas para lembrar que está vivo... Opa, vamos para a balada então?!
Tenha uma boa leitura e um ótimo domingo.