Existem no mundo pessoas más intencionadas – e como tem. De qualidade que não é boa; de instintos que não são bons; que não prestam.
Dentro deste parâmetro, revelam-se as circunstâncias de que um fato se liga com a crueldade e intencionalidade como comportamento humano, que detesta a paz de seu semelhante.
Numa cidadezinha do interior do estado do Maranhão, com uma única rua onde se instalaram escola, templos religiosos, tanto protestante como católico, reciprocamente, compartilhando propósitos, gostos, preocupações e costumes.
Uma alma malfazeja (aquele que é malvado) revelou para o amigo que sua mulher estava lhe traindo com um pastor protestante.
O marido, como suposto traído, não gostou do que ouviu; e daí começou a desavença familiar; sua esposa jurava que tudo isso era plena maldade para vê-la separada.
Certo que a dimensão da fofoca tomou conta do povoado por inteiro, ao ponto do presbitério fazer um sermão sobre “adultério” como uma grave violação dos deveres conjugais.
Protegendo-se da injúria, da difamação, do ato desonroso como foi acusado infamemente.
Mas a fé, como sentimento de total crença, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da malvadeza orquestrada como pura malignidade para com o mensageiro de Deus, assim mesmo deu continuidade à evangelização.
A rua que morava o imaginário traído, a residência era próxima ao templo evangélico e ministrado pelo pastor suspeitado.
Conselho de lado, aviso do outro, a decepção, a raiva e a dor do traído era muito intensa, sinalizando e pedindo a todos que as afaste da sua vida.
Num dia irradiante (domingo), o pastor prosseguiu sua missão pastoral, celebrando seu culto, com a certeza de que nada aconteceria de mal com sua pregressa missão.
Como diz a filosofia do cotidiano: “Homens casados têm ossos mais fortes que os solteiros”.
O considerado traído passou a noite na farra; tão logo do término do culto, o pastor, com sua tradicional calça de tergal e camisa branca manga cumprida até os punhos, trazendo debaixo do braço seu instrumento de trabalho, a santa Bíblia.
Vindo de lá pra cá, quando a cabeça inchada ficou de frente para o evangélico pregador e lhes perguntou: De onde você vem? Respondeu: Da casa do Senhor!
É mesmo! Resmungou o desafeto. Sacou de seu trabuco e apertou o dedo... Pum! Pum! Pum! Vá trair homem no inferno. Olhe o estrago que uma “perseguida” não faz!?
Quando a vítima disse: venho da casa do Senhor, era da igreja. O atirador entendeu que ele estava vindo de sua casa, ou seja, uma alteração fonética. Só o metaplasmo para explicar!
Não pestanejou com a ignorância cometida, escolheu para morar por um bom tempo no albergue de “pedrinhas”. Será um bom hóspede.
Ainda tem dessas tragédias... Uma parte dos homens age sem pensar, e a outra metade nem pensa.
Nada mais agradável encerrarmos este contexto com a frase judaica:
“O homem que não sabe controlar-se a si mesmo, torna-se absurdo quando quer controlar os outros”.
Desejamos um ótimo domingo a todos os leitores.
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