Não tenho tanta certeza de que o excedente de produção de gêneros alimentícios, especialmente in natura, em admitir ser o suprimento de origem da feira livre, adicionando, também, com a desorganização nela contida.
Retratando a finalidade de tudo isso e espelhando-se na feira do Mercadinho como exemplo: comercializa-se de tudo, desde gordura de carrapato, até crucifixo feito de dente de cobra.
A longa falação ou pregação feita por uma única pessoa como se fosse um anunciador de vários produtos à venda, bugigangas, miudezas; finalmente, fazendo o papel de propagandista de feiras livres.
Para quem não conhece - o Mercadinho é crismado como um poço de cultura popular. Se para o escrevinhador está faltando a matéria prima (assunto) para contextualização, vá ao Mercadinho!
Fique sempre atento e aguçado como ouvido de tiú; proporcionado pelo olhar bem aberto; sempre calado como um caburé, mas prestando uma atenção danada... Aí, tens estórias e nuances a bel prazer como estimulantes de memória e de outros membros interligados no mesmo corpo.
Vamos à valorização do PEQUI como insinuador de memória. Olha essa coroa! Além de um ativador memorial, é um Viagra excelentemente natural. É tão excitante que até urubu é motivado a degustá-lo em plena safra e praticar sua libertinagem.
O propagador desta fruta afrodisíaca, também, fez o relato desta maneira: “Você come o pequi hoje; amanhã o seu arroto é só pequi -, diagnóstico: está vendo como você se lembra do que comeu ontem?!”. Estimulador de memória provoca o sabor anteriormente degustado. Santo! É um excelente remédio pra cabeça, é excitante por demasia.
Bom. Vamos sair do órgão dos sentidos e ir para o outro membro cabeçudo, que não tem juízo nem raciocínio. Com a idade e carente de satisfação, o chicote desfalecido e sendo reanimado com aquela piulinha azul de origem paraguaiana, por ser mais barato, segundo os consumidores. Na tentativa de revigorar novamente. É como acreditar na ressurreição de candiru.
Com a notícia alvissareira de que o pequi é mais provocante para o desprestigiado mijão do que o Viagra, com certeza os seus usuários não vão querer somente um saco de pequi; vai comprar toda a produção do pé. A procura da luz é muito grande!
Talvez nessas braçadas sem destino, o único dissabor feminino é o cheiro exalante do pequi... Que com pouca coisa mais, dá para rimar com palavras homônimas e parônimas. Vixe! Isso é coisa intrínseca e peculiar da mulher. Deus me livre!
E tem outra novidade despreocupante: não tem contra indicação. Salvo se o intestino do distinto não suportar o efeito do óleo do fruto, que pode provocar uma caganeira intempestiva; mas, para combatê-la temos no mercado diarressec, diasec, imosec, que pode fechar a válvula de retenção do inditoso sonhador.
Diz o propagandista do produto daquela árvore nativa do cerrado brasileiro, depois dessa descoberta a velharia está levando pequi aos montes com a desculpa que é para comer com galinha na entressafra. Será que a bestinha acredita nisso...?!
Como a ereção faz falta ao homem com sua tchôla arreada pelo cansaço do tempo, pequi nele, de preferência cru.
Se nos dias de hoje já começou a cair os dentes e escarnar as carnes, pode preparar o enxoval e esperar a hora da partida... Pequi não fará mais efeito nenhum.
Não esqueça, deixe escrito na sua pedra memorial: Tu foste útil, agora quem vai degustar da jiboia adormecida... é o estrumo da terra. Se prestasse para isca como minhoca, seria uma boa opção. Uau!
Vai uma dica dominical: “O que não me faz bem, não me faz falta!”.